Bolsonaro irrita-se com atraso de 20 minutos e cancela reunião com presidente da China

Presidente do Brasil visita a China no próximo mês de outubro.

Bolsonaro diz estar a ser ameaçado e temer ataque de homem-bomba ou sniper Foto: Reuters
Bolsonaro diz estar a ser ameaçado e temer ataque de homem-bomba ou sniper Foto: Reuters
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil Foto: Reuters

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Numa nova exibição de falta de tacto diplomático, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, cancelou uma das mais importantes reuniões bilaterais que teria no âmbito da cimeira do G20, que decorreu até este sábado em Osaka, no Japão, porque o seu interlocutor, ninguém menos do que o presidente da China, Xi Jinping, se atrasou.

Irritado, Bolsonaro abandonou a sala da reunião 20 minutos depois do horário que estava programado, não aceitando esperar mais pelo presidente da China, país que visitará no próximo mês de outubro.

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Atrasos nesse tipo de reunião paralela ao evento principal são normais, e Xi Jinping, que se encontrava numa sala próxima em encontro com outra autoridade, estava prestes a terminar esse compromisso e rumar para onde o brasileiro aguardava.

Mas Bolsonaro não aceitou esperar mais, cumprindo o que tinha dito ao chegar ao Japão, que não vai aceitar ser tratado a não ser de igual para igual por qualquer outro governante do mundo, reafirmando que o Brasil agora, ao contrário do que segundo ele acontecia com outros presidentes brasileiros que o antecederam, tem um chefe de Estado que chega de cabeça erguida e não aceita advertências, críticas ou tratamento desigual.

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Pouco depois, como sempre acontece após atitudes intempestivas de Jair Bolsonaro, o porta-voz presidencial, general Octávio do Rego Barros, veio a público justificar a jornalistas que acompanham a cimeira do G20 em Osaka que Bolsonaro foi forçado a cancelar o encontro porque não podia perder o horário do avião que o levará de volta ao Brasil, e ainda tinha de ir ao hotel acertar a saída.

Acontece que Bolsonaro foi para o Japão no próprio avião presidencial, levou ainda outro de reserva com assessores, e, além de tudo, não é o presidente da República que fecha e paga a conta no balcão dos hotéis onde se hospeda.

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