Bolsonaro não vai prorrogar a intervenção militar no Rio de Janeiro
Afirmação foi feita pelo próprio presidente esta sexta-feira em Guaratinguetá, cidade no interior do estado de São Paulo.
O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, não vai prorrogar a intervenção militar na área de segurança do estado do Rio de Janeiro, decretada por Michel Temer em Fevereiro passado na tentativa de reduzir os elevadíssimos índices de criminalidade na região. A afirmação foi feita pelo próprio Bolsonaro esta sexta-feira em Guaratinguetá, cidade no interior do estado de São Paulo na fronteira com o estado do Rio, onde foi assistir à formação de novos oficiais da Força Aérea.
Bolsonaro declarou que, ao assumir a presidência, em 1 de Janeiro próximo, não assinará um decreto para renovação do período da intervenção, que tem final previsto para 31 de Dezembro deste ano, quando também cessa o mandato de Temer. O futuro presidente afirmou ainda que se o Congresso quiser discutir uma nova intervenção militar na segurança do Rio que o faça, mas a renovação dessa medida de exceção não partirá dele.
Em Fevereiro, Temer decretou intervenção militar apenas na área da Segurança Pública do segundo estado mais importante do Brasil, continuando o resto da administração regional a ser comandado pelo governador Luiz Fernando Pezão, preso quinta-feira por corrupção. Generais assumiram o controlo da segurança pública e tropas foram enviadas para o Rio e começaram a patrulhar as ruas das principais cidades estaduais e a realizar mega-operações em favelas.
No entanto, apesar do aparato bélico e dos muitos milhões gastos até agora, o balanço que se pode fazer da intervenção é que foi um rotundo fracasso. Os índices de violência não caíram, antes pelo contrário, vários deles até aumentaram, e a sensação de insegurança da população parece hoje ainda maior do que antes, sucedendo-se ataques criminosos sem que nem a polícia regional nem as tropas federais consigam evitar.
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