Brasil pede ajuda internacional para combater vaga de incêndios

Desde o início de 2024, pelo menos 160 mil focos de incêndio já foram registados no país.

17 de setembro de 2024 às 18:14
Incêndio na AmAazónia Foto: Adriano Machado/ Reuters
Partilhar

O governo do Brasil solicitou a vários países da América Latina e da América do Norte ajuda para enfrentar a devastadora vaga de incêndios, na sua maioria criminosos, que já destruiu este ano muitos milhões de hectares de florestas, de lavouras e até áreas verdes urbanas. Desde o início de 2024, pelo menos 160 mil focos de incêndio já foram registados em todo o país, não somente em regiões onde esse flagelo é comum, como a Amazónia e o Pantanal, mas em outras, como o interior do estado de São Paulo.

A pedido da ministra do Ambiente, Marina Silva, acusada na imprensa, tal como o presidente Lula da Silva, de omissão face às dimensões da tragédia, o Ministério dos Negócios Estrangeiros accionou as embaixadas brasileiras em vários países para pedirem ajuda aos governos locais. Além de EUA, Canadá e México, na América do Norte, foi pedido auxílio aos governos da Colômbia, Peru, Uruguai, Chile e Paraguai.

Pub

O primeiro a responder foi o presidente do Uruguai, país que faz fronteira com o sul do Brasil, Luis Lacalle Pou, que enviou um avião de combate a incêndios e dezenas de milhares de litros de um composto capaz de sufocar e extinguir o fogo. O pedido de ajuda a outros países evidencia ainda mais as denúncias de que o governo de Lula da Silva está perdido, sem saber o que fazer e sem dar a importância devida ao flagelo dos fogos que eclodem todos os dias de norte a sul e, além dos prejuízos materiais e da vida de milhares de animais que não conseguem fugir do imenso braseiro, está a deixar irrespirável o ar de grandes cidades, como São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.

O Congresso do Brasil, empenhado em discutir e aprovar a toque de caixa medidas de costumes propostas pela extrema-direita, nem tem tocado no assunto dos incêndios, e o governo, até agora, não tomou medidas concretas eficazes, como, por exemplo, determinar às Forças Armadas que entrem com toda a sua capacidade técnica e humana no combate aos sinistros. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido a exceção a essa inoperância oficial, e, após determinar ao governo que requisite bombeiros de todos os 27 estados brasileiros para formar uma força conjunta de combate aos fogos, no passado domingo determinou que os custos com o combate aos incêndios fiquem fora da meta fiscal, derrubando a alegação de Lula de que não podia gastar mais para não ultrapassar o défice previsto

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar