Brasil: mapa da corrupção envolve 200 políticos

Funcionários da Odebrecht colaboram com a Justiça e confirmam tudo.

Dilma Rousseff, Aécio Neves Foto: Paulo Whitaker/Reuters
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Documentos apreendidos na Odebrecht, já considerados o "mapa" da corrupção na política do Brasil, mostram pagamentos da construtora a 200 políticos e partidos daquele país, tanto aliados de Dilma Rousseff quanto opositores. Os documentos foram apreendidos em fevereiro, mas só foram revelados ontem.

Entre os listados, que a polícia não pode garantir que tenham sido subornados, mas que terão de justificar as quantias pagas pela Odebrecht, estão Renan Calheiros, presidente do Senado, Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, e o presidente da Câmara do Rio, Eduardo Paes, aliados de Dilma. Mas há figuras da oposição, como o senador Aécio Neves, derrotado por Dilma em 2014, e Eduardo Campos, falecido num acidente aéreo quando também disputava as presidenciais.

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Os políticos eram referidos nos documentos por alcunhas. Renan era ‘Atleta’, Eduardo Paes era ‘Nervosinho’ e Sérgio Cabral o ‘Próximus’. Todos foram identificados com o auxílio de funcionários da Odebrecht que passaram a colaborar com a justiça após serem presos.

Na terça-feira, a polícia revelou que a Odebrecht tinha há anos uma estrutura secreta, paralela à oficial, para movimentar os milhões da corrupção. Os pagamentos eram feitos em contas de vários países, entre eles Portugal.

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