Caças de Israel atacam alvos iranianos na Síria
Aviação israelita lançou dezenas de mísseis contra posições militares iranianas em território sírio como retaliação por ataque iraniano.
Israel atacou na madrugada desta quinta-feira dezenas de alvos iranianos na Síria, numa retaliação devastadora contra o lançamento, horas antes, de duas dezenas de mísseis iranianos contra posições israelitas nos Montes Golã. As autoridades israelitas garantem que não pretendem um conflito em larga escala, mas deixaram um sério aviso ao Irão e aos seus aliados sírios: "Se aqui chover, aí haverá uma tempestade."
A escalada de tensão na fronteira sírio-libanesa já era esperada, depois de Israel ter avisado repetidamente nos últimos dias que as forças iranianas estacionadas na Síria estavam a preparar uma retaliação pelo ataque israelita do mês passado contra uma das suas bases nos arredores de Homs. Nas últimas semanas, Israel concentrou baterias antimíssil Patriot e outras defesas antiaéreas nos Montes Golã, as quais foram cruciais para travar o ataque lançado na noite de quarta-feira pelas forças iranianas contra as bases israelitas naquela região. Foram lançados pelos menos 20 mísseis, parte dos quais foram intercetados com sucesso pelas defesas israelitas e os restantes falharam o alvo.
A resposta israelita não tardou e teve uma dimensão nunca antes vista desde o início do conflito sírio: pelo menos 60 mísseis ar-terra e 10 mísseis terra-terra foram lançados contra posições iranianas em várias partes do território sírio, atingindo, segundo o ministro israelita da Defesa, Avigdor Lieberman, "quase toda a infraestrutura militar iraniana na Síria". O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu disse que o Irão "cruzou uma linha vermelha" ao atacar diretamente Israel e considerou a resposta "apropriada".
PORMENORES
Ataque destruidor
Os mísseis israelitas atingiram dezenas de instalações militares iranianas, incluindo centros de comando, instalações logísticas, radares e depósitos de munições, bem como defesas antiaéreas sírias que tentaram atingir os aviões israelitas. O ataque matou pelo menos 23 pessoas, entre os quais vários militares iranianos.
Direito à autodefesa
Os Estados Unidos e o Reino Unido condenaram o "provocatório ataque iraniano" e apoiaram o direito de Israel à autodefesa. Já o governo francês exortou Teerão a abster-se de "provocações militares" e aconselhou o regime iraniano a refrear as suas "tentações de hegemonia regional".
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