Carro tenta invadir palácio onde Lula da Silva estava e é repelido à bala
Veículo não obedeceu à ordem para parar ao aproximar-se do primeiro bloqueio da segurança presidencial.
A segurança presidencial brasileira conseguiu travar este sábado uma tentativa de invasão ao Palácio da Alvorada, a residência oficial de Lula da Silva em Brasília, feita por um motorista ao volante de um Ford Focus preto. O veículo tentou forçar a primeira barreira de bloqueio montado na estrada que dá acesso tanto ao Alvorada quanto ao Palácio do Jaburu, onde vive o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e fugiu após ser alvejado e ter os pneus furados.
As poucas informações que foram confirmadas sobre o incidente, revelado em primeira mão pelo site de notícias "Metrópoles", de Brasília, dão conta de que o veículo, em alta velocidade, não obedeceu à ordem para parar ao aproximar-se do primeiro bloqueio da segurança presidencial. Percebendo que o veículo não ia parar, os militares acionaram o primeiro obstáculo físico, chamado de "Cama de Faquir", formado por pedaços de metal ponteagudos que estão escondidos no chão mas podem ser erguidos em caso de necessidade, como aconteceu.
O carro ficou com os pneus rasgados mas, ainda assim, tentou continuar, e então, os militares, abriram fogo contra o veículo. Alvejado, o carro mudou de direção e entrou na estrada de acesso ao Palácio do Jaburu, conseguindo fugir, não obstante todos os estragos sofridos.
Até às 17h40 deste sábado em Lisboa, 24 de Fevereiro, a Secretaria de Comunicação da presidência ainda não tinha emitido qualquer comunicado ou comentário sobre o incidente. Quando o invasor tentou chegar à residência oficial, Lula estava lá, depois de ter regressado de madrugada de uma viagem ao Rio de Janeiro.
O incidente ocorre num momento de acentuada tensão no Brasil, com o ex-presidente Jair Bolsonaro, generais e ex-ministros e assessores sendo investigados por suspeita de terem planeado dar um golpe de Estado em 2022, para impedir a tomada de posse de Lula. Exatamente para se defender dessa acusação, Jair Bolsonaro convocou para amanhã, em São Paulo, com o apoio de pastores evangélicos, o que pretende que seja um grande ato popular de desagravo, o que está a agitar a política do país.
O momento também é de polémica interna e internacional envolvendo o próprio Lula da Silva, depois de ele ter acusado Israel de estar a usar na Faixa de Gaza a mesma brutalidade que Hitler usou contra os judeus, provocando um enorme coro de protestos do governo de Telavive e de entidades judaicas pelo mundo. A Polícia Federal e o GSI, Gabinete de Segurança Institucional, responsável pela segurança de Lula, vão investigar o incidente deste sábado para apurar quem foi o autor e quais as ruas reais intenções.
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