Cerca de 475 detidos durante operação de imigração em fábrica automóvel
Maioria dos detidos são da Coreia do Sul.
Cerca de 475 pessoas foram detidas durante uma operação de imigração numa fábrica automóvel sul-coreana, Hyundai, na Geórgia, nos Estados Unidos (EUA) na quinta-feira, informou esta sexta-feira um responsável da Segurança Interna do país.
O agente especial responsável pelas Investigações de Segurança Interna, Steven Schrank, disse esta sexta-feira numa conferência de imprensa que a maioria das pessoas detidas era da Coreia do Sul.
"Esta operação reforça o nosso compromisso com os empregos para georgianos e americanos", disse o agente.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Lee Jaewoong, descreveu o número de sul-coreanos detidos como "grande", embora não tenha fornecido um número exato.
A Coreia do Sul manifestou ainda "preocupação e pesar" com a operação de imigração dos EUA na fábrica com cerca de 1.200 trabalhadores.
O Departamento de Segurança Interna referiu em comunicado que os agentes executaram um mandado de busca "como parte de uma investigação criminal em curso sobre alegações de práticas ilegais de emprego e outros crimes federais graves".
A operação de quinta-feira teve como alvo uma das maiores e mais importantes fábricas da Geórgia, anunciada pelo governador e outras autoridades como o maior projeto de desenvolvimento económico da história do estado.
A fábrica, que ocupa 12.000 metros quadrados, foi elogiada pelo governador da Geórgia, Brian P. Kemp, como o maior projeto de desenvolvimento económico da história do estado.
O Hyundai Motor Group, o maior fabricante automóvel da Coreia do Sul, começou a fabricar veículos elétricos há um ano na fábrica de 7,6 mil milhões de dólares (cerca de 6.800 milhões de euros).
A administração do presidente Donald Trump realizou operações abrangentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA, como parte de uma agenda de deportação em massa.
Os agentes de imigração realizaram rusgas (operação policial inesperada) a quintas, canteiros de obras, restaurantes e oficinas mecânicas.
O Pew Research Center, citando dados preliminares do Census Bureau, afirma que a força de trabalho dos EUA perdeu mais de 1,2 milhões de imigrantes de janeiro a julho.
Os números incluem pessoas que estão no país ilegalmente, bem como residentes legais.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt