Cheias no Sul do Brasil ameaçam obra ímpar de Siza Vieira em Porto Alegre

Projeto do arquiteto português venceu Leão de Ouro na bienal de Veneza.

14 de maio de 2024 às 01:30
Fundação Iberê Camargo, junto às águas do Guaíba
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A desenfreada subida do Guaíba ameaçava na segunda-feira, dada a previsão de novas violentas chuvadas, um dos mais emblemáticos edifícios de Porto Alegre, da autoria do arquiteto português Siza Vieira.

A sede da Fundação Iberê Camargo, primeira obra em território brasileiro do galardoado com o prémio Pritzker, encontrava-se em risco de inundação severa a confirmar-se a subida do Guaíba acima dos cinco metros.

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Para evitar danos causados pelo descontrolo das águas, a direção da Iberê Camargo – que reúne obras daquele pintor – salvaguardou o espólio numa zona elevada do imóvel inaugurado em 2008.

O projeto de Siza Vieira, que dedicou ironicamente uma atenção especial ao meio ambiente, nomeadamente no aproveitamento de águas, foi galardoado com o Leão de Ouro, na bienal de arquitetura de Veneza, facto único na América Latina.

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Obra de 20 milhões

Construído junto ao Guaíba, é o único edifício construído totalmente em betão branco no Brasil. A obra custou 20 milhões de euros.

Edifício sustentável

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O imóvel reutiliza água das chuvas nas casas de banho e tem uma estação de esgotos para tratar os resíduos sólidos e líquidos.

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