China acusa Taiwan de "mentiras e falácias" após discurso de MNE na Polónia
Deslocação de Lin à Polónia, iniciada a 27 de setembro, poderá gerar fricções entre Pequim e os parceiros europeus.
Pequim acusou esta terça-feira as autoridades de Taiwan de difundir "mentiras e falácias", em reação a declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da ilha, Lin Chia-lung, que em visita à Polónia defendeu Taipé como "parceiro fiável" da Europa.
Em conferência de imprensa, o porta-voz da diplomacia chinesa Guo Jiakun reiterou que Pequim "se opõe constante e firmemente a qualquer tipo de intercâmbio oficial entre países que mantêm relações diplomáticas com a China e a região de Taiwan".
O responsável instou a que "não se ofereçam plataformas às atividades independentistas" e criticou as recentes viagens internacionais de responsáveis de Taipé, acusando-os de "exagerar a suposta ameaça chinesa" e de "repetir a falácia da democracia contra o autoritarismo".
Guo acusou ainda o Governo do Presidente William Lai de "atrair forças externas para encorajar atividades separatistas e provocar confrontação deliberada", com o objetivo de "semear o caos no mundo", sublinhando que Taiwan "não pode alterar o facto histórico e legal de fazer parte do território chinês".
No Fórum de Segurança de Varsóvia, o chefe da diplomacia taiwanesa destacou Taiwan como "um parceiro fiável" da Europa e apelou a políticas "mais pragmáticas e visionárias" por parte da região em relação à ilha.
A deslocação de Lin à Polónia, iniciada a 27 de setembro, poderá gerar fricções entre Pequim e os parceiros europeus, uma vez que o Governo chinês se opõe firmemente a contactos entre responsáveis taiwaneses e políticos de países com os quais mantém relações diplomáticas.
Pequim reclama a soberania da ilha e não exclui o recurso à força para alcançar o que chama reunificação.
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