Chuva terá matado mais de 200 pessoas em Petrópolis, no Brasil

Balanço provisório da tempestade é de 106 mortes, mas há mais de uma centena de desaparecidos.

18 de fevereiro de 2022 às 09:09
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Na maior parte da cidade, de 306 mil habitantes, o cenário esta quinta-feira ainda era de caos e destruição, com lama a chegar à cintura das pessoas nas ruas da parte baixa e enormes crateras nas partes altas, onde antes existiam dezenas de casas, soterradas por toneladas de terra, rochas e árvores. Com o solo encharcado e risco de novos deslizamentos, os bombeiros ainda nem tinham conseguido atuar em algumas áreas onde se suspeita que possam existir vítimas.

Por todo o lado, pessoas desesperadas procuravam familiares, amigos e vizinhos, vivos ou mortos. O comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, autorizou o uso de militares nas ações de resgate e de limpeza, uma ajuda valiosa num momento em que a meteorologia previa novas chuvas torrenciais para a cidade e risco de novos deslizamentos de terra na noite desta quinta-feira e madrugada desta sexta-feira.

Autocarros arrastados pela enxurrada
Numa das cenas mais dramáticas da tragédia causada pela chuva torrencial que atingiu Petrópolis na terça-feira, vídeos mostram passageiros de dois autocarros arrastados pela enxurrada para dentro do rio Quitandinha a lutarem desesperadamente pela vida. Alguns subiram ao tejadilho dos veículos e outros atiraram-se à água e tentaram nadar, não se sabendo até agora quanto morreram. Entre eles estará uma jovem chamada Daniela, que ligou para a mãe para se despedir de dentro do autocarro.

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