CIA culpa príncipe saudita por homicídio de jornalista Jamal Khashoggi
Agência de espionagem diz que irmão do príncipe Bin Salman disse ao jornalista para ir ao consulado em Istambul.
A CIA concluiu que o assassínio do jornalista saudita Jamal Khashoggi foi executado por ordem direta de Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita. Esta é a acusação mais contundente feita até agora a bin Salman e complica os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, para manter uma boa relação com o reino do petróleo.
Citando fontes ligadas à investigação, o ‘The Washington Post’, jornal que publicava crónicas de Khashoggi, afirma que a CIA analisou vários indícios, nomeadamente telefonemas de responsáveis sauditas. Um deles é especialmente comprometedor.
O Irmão do príncipe saudita, Khalid bin Salman, embaixador saudita nos EUA, telefonou a Khashoggi aconselhando-o a ir ao consulado saudita em Istambul para tratar dos papéis para o seu segundo casamento, com uma mulher turca. Khalid garantiu ao jornalista que era seguro ir ao consulado. Mas, a 2 de outubro, Khashoggi seria assassinado no edifício. A CIA concluiu que Khalid agiu por ordem direta do príncipe herdeiro.
A Arábia Saudita deu versões contraditórias do caso e só 15 dias após o crime admitiu que o jornalista estava morto. A última versão oficial culpa um grupo de agentes da espionagem e da segurança do príncipe bin Salman, mas alega que agiram por conta própria e promete punições severas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt