CIA foi informada de que forças especiais ucranianas queriam explodir gadosuto Nord Stream

Vários países, incluindo a Rússia, a Ucrânia e os Estados Unidos, foram acusados de serem responsáveis.

06 de junho de 2023 às 22:06
Governo autoriza 867 mil euros até 2024 para projeto do hidrogénio verde Foto: RADOVAN STOKLASA/reuters
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Uma agência de informação de um país europeu avisou a CIA, em junho de 2022, que as forças especiais ucranianas planeavam fazer explodir o gasoduto Nord Stream, noticiou esta terça-feira o Washington Post.

O diário cita informações de vários documentos confidenciais publicados online pelo jovem soldado americano Jack Teixeira, antes de a fuga de informação ter sido descoberta e o suspeito detido em meados de abril.

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Os documentos indicam que uma agência de informações de um país europeu não especificado informou a CIA, quatro meses após o início da invasão russa da Ucrânia, de que mergulhadores militares que dependiam diretamente do comandante-chefe das forças armadas ucranianas estavam a planear este ataque ao Nord Stream.

Os gasodutos Nord Stream 1 e 2, concebidos para transportar gás natural da Rússia para a Alemanha, foram atingidos por explosões submarinas em 26 de setembro e ficaram inoperacionais, podendo privar Moscovo de milhares de milhões de dólares em receitas.

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Vários países, incluindo a Rússia, a Ucrânia e os Estados Unidos, foram acusados de serem responsáveis, mas todos negaram o facto.

De acordo com o Washington Post, os Estados Unidos, tendo sido avisados do alegado ataque planeado, avisaram os seus aliados, incluindo a Alemanha.

De acordo com a agência de informação europeia que forneceu a informação, a operação foi supervisionada pelo general Valeriï Zaloujniï sem o conhecimento do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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As revelações do Washington Post são coerentes com a informação dos investigadores alemães de que uma equipa de seis pessoas munidas de passaportes falsos pediu emprestado um veleiro no porto de Rostock, na Alemanha, para realizar a operação.

A empresa polaca que alugou o iate era, de facto, propriedade de ucranianos.

No entanto, a imprensa dinamarquesa noticiou recentemente que um navio da marinha russa especializado em operações submarinas tinha sido fotografado perto da zona de sabotagem pouco antes das explosões.

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