Cólera mata 141 pessoas em Moçambique desde setembro

Doença provoca fortes diarreias, é tratável, mas pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida.

08 de junho de 2023 às 11:27
cólera Foto: Lusa
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Uma epidemia de cólera já provocou 141 mortes em Moçambique desde que eclodiu em setembro de 2022, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Saúde do país no boletim dedicado ao acompanhamento da doença.

O número de casos ronda os 32.000, pelo que a taxa de letalidade geral é baixa (0,4%), mas ainda assim relevante para uma doença tratável e que se pode prevenir com vacinação.

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Quase metade dos casos foi registado na província da Zambézia, no centro do país, especialmente afetada depois da destruição provocada pelo ciclone Freddy, em fevereiro e março.

A província contabiliza o maior número de mortes: 38.

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"Esta é a maior epidemia desta doença ao longo dos últimos 20 anos", declarou o ministro da Saúde, Armindo Tiago, no início de maio, referindo, no entanto, que o número de casos tende a reduzir-se ao mesmo tempo que a vacinação avança.

A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, que é tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida.

A doença é causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.

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Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, situação que agrava a resistência de infraestruturas e serviços que permitam evitar a doença.

Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou há duas semanas que o mundo terá um défice de vacinas contra a cólera até 2025 e que um bilião de pessoas de 43 países podem ser infetadas com a doença.

 

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