Comissão Europeia não comenta alegada corrupção no Parlamento Europeia que envolve a Huawei
Segundo a investigação, as transferências para alguns eurodeputados foram efetuadas através de uma empresa portuguesa.
A Comissão Europeia não comentou esta quinta-feira o caso de alegada corrupção no Parlamento Europeu envolvendo lobistas da chinesa Huawei e que terá ramificações em Portugal, mas lembrou a restrição aplicada à empresa nas redes de quinta geração (5G).
"Não temos rigorosamente nenhum comentário a fazer sobre esta investigação. Permitam-me, no entanto, recordar que a segurança das nossas redes 5G é obviamente crucial para a nossa economia e é por isso que, na nossa comunicação de 2023, a Comissão avaliou que a Huawei representa riscos materialmente mais elevados do que outros fornecedores", disse o porta-voz da instituição para a soberania tecnológica, Thomas Regnier.
Falando na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, Thomas Regnier acrescentou: "É por isso que a Comissão considera que os Estados-membros podem adotar decisões que restrinjam ou excluam a Huawei das suas redes 5G".
"Isto estaria em linha com a nossa caixa de ferramentas para o 5G. Agora, instamos todos os Estados-membros a tomar medidas porque a falta de ação rápida exporia a UE como um todo a um risco claro", alertou ainda o responsável.
As autoridades belgas realizaram esta quinta-feira uma vintena de buscas no âmbito de uma investigação de corrupção no Parlamento Europeu envolvendo lobistas da chinesa Huawei e que terá ramificações em Portugal, noticia o jornal belga Le Soir.
A polícia realizou cerca de vinte buscas na Bélgica, no âmbito de uma investigação sobre corrupção na assembleia europeia "sob a capa de lóbis comerciais", tendo sido detidas várias pessoas, anunciou o Ministério Público Federal belga, que referiu ainda uma busca em Portugal.
Contactada pela Lusa, a Polícia Judiciária confirmou estar a colaborar com as autoridades belgas, mas não acrescentou mais pormenores.
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