Polícia faz buscas na sede da Huawei em Bruxelas. Pelo menos 15 eurodeputados investigados.
Buscas em Portugal e vários detidos por suspeitas de corrupção no Parlamento Europeu
O Ministério Público belga avançou esta quinta-feira que várias pessoas foram detidas para interrogatório por serem suspeitas de corrupção ativa dentro do Parlamento Europeu (PE) relacionada com a empresa chinesa, Huawei. A investigação suspeita que tenha havido transferências feitas "para um ou mais deputados europeus através de uma empresa portuguesa" que terá sido também alvo de buscas.
Contactada pela Lusa, a Polícia Judiciária confirmou estar a colaborar com as autoridades belgas, mas não acrescentou mais pormenores.
A polícia federal belga entrou na sede da Huawei, em Bruxelas, por suspeitas de suborno, falsificação, lavagem de dinheiro e crime organizado no Parlamento. Até ao momento, há pelo menos 15 atuais e antigos eurodeputados a serem investigados, avança o El Espanol. Já o Le Soir, confirma que vários elementos da empresa chinesa foram detidos.
A Reuters avança que os procuradores belgas e cerca de 100 investigadores da Polícia Federal fizeram 21 buscas a casas em Bruxelas, Flandres, Valónia e em Portugal.
Segundo o MP belga, em causa estão crimes que têm vindo a ocorrer desde 2021 "sob o pretexto de lobby comercial e assumindo diversas formas". A alegada corrupção neste caso envolveu presentes de valor (incluindo smartphones Huawei), bilhetes para jogos de futebol (a Huawei tem um camarote privado no Lotto Park, o estádio do RSC Anderlecht) ou transferências de alguns milhares de euros.
De acordo com o código de conduta dos eurodeputados, qualquer objeto oferecido por um terceiro de valor superior a 150 euros deve ser declarado e inscrito publicamente no registo de ofertas.
A rede de corrupção teria como objetivo combater as tentativas dos EUA de excluir empresas chinesas do mercado, já que os americanos têm intensificado a sua posição comercial desde 2019.
O Parlamento Europeu avançou numa breve declaração que está a "tomar nota das informações" e que se encontra disponível "quando necessário" para cooperar "totalmente com as autoridades judiciais".
Empresa portuguesa
De acordo com a investigação publicada pelo Le Soir, as transferências para alguns eurodeputados foram efetuadas através de uma empresa portuguesa.
“As vantagens financeiras ligadas à alegada corrupção foram possivelmente misturadas com fluxos financeiros ligados ao pagamento de despesas de conferências e pagas a vários intermediários, com o objetivo de ocultar a sua natureza ilícita ou de permitir que os autores escapassem às consequências dos seus atos. Deste ponto de vista, a investigação procura igualmente identificar eventuais elementos de branqueamento de capitais”, acrescenta o Procurador Federal.
Levantamento de imunidades
Até ao momento ainda não foi solicitada, contudo, o MP pode pedir o levantamento de imunidades parlamentares de diversos eurodeputados no seguimento da investigação.
O Le Soir confirma que os investigadores têm suspeitas concretas de corrupção que envolvem atuais e antigos representantes partidários, sendo que cerca de 15 eurodeputados estão sob suspeita.
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