Dois detidos e 22 polícias feridos nos confrontos com manifestantes pró-Palestina na última etapa da Volta a Espanha

Os organizadores da Volta a Espanha suspenderam a etapa final da prova de ciclismo devido aos protestos pró-Palestina que interromperam várias zonas do percurso em Madrid. Na fase final do corrida, os manifestantes que se reúnem no local bloquearam a estrada em protesto contra a presença da equipa Israel-Premier Tech., levando à intervenção da polícia.

Para cessar a interrupção da passagem, a Polícia Nacional espanhola insurgiu-se contra os manifestantes, que se defenderam com pedras, de acordo com a informação revelada pelo jornal El Español. 

Duas pessoas foram detidas e 22 polícias ficaram feridos durante os confrontos, segundo as autoridades espanholas citadas pela mesma fonte.

Foram várias as vezes em que a corrida foi interrompida. Segundo a Rádio e Televisão públicas espanholas, o pelotão contornou Alcobendas pela lateral, sem passar pelo centro da cidade de Madrid, como estava planeado, para que fosse assegurada a segurança das equipas.

A invasão do circuito levou os ciclistas a pararem a marcha a 56 quilómetros da meta.

Antes da intervenção policial, os manifestantes derrubaram as bandeiras instaladas ao longo da avenida em Gran Via, que os ciclistas têm de percorrer para completar uma volta na capital espanhola. Foram ainda entoados slogans para realçar o boicote a Israel, informaram os meios de informação espanhóis. 

Em comunicado oficial, a organização da corrida revelou que "por motivos de segurança, a 21ª etapada da Vuelta foi encerrada mais cedo", não existindo a habitual cerimónia do pódio.