Copiloto da Germanwings ensaiou queda
Lubitz fez "voo picado controlado, de vários minutos".
Os investigadores da colisão do voo da Germanwings nos Alpes franceses confirmaram esta quarta-feira que o copiloto Andreas Lubitz ensaiou a manobra várias vezes durante o trajeto entre Dusseldorf e Barcelona, mas asseguraram que as descidas eram indetetáveis.
De acordo com as declarações da equipa de investigação que hoje divulgou o relatório preliminar da queda do avião, nem o resto dos tripulantes, nem o controlo aéreo francês, nem os passageiros, podiam dar-se conta de que o piloto programou, pelo menos por cinco vezes, durante apenas quatro minutos, uma descida controlada para os 100 pés, cerca de 30 metros, antes de fazer o avião embater no solo.
De acordo com o diretor do Departamento de Investigação e Análise, Rémi Jouty, pode concluir-se que Lubitz "ensaiou o gesto que acabou por fazer no voo fatal", mas acrescentou que é prematuro adiantar os motivos que o levaram a fazer isto.
Suicídio planeadoAs novas informações revelam que o suicídio de Lubitz foi planeado anteriormente e não resultante de uma crise momentânea.
No voo de regresso, Lubitz, de acordo com os dados disponíveis, consumou o suicídio depois de fechar a cabine e deixar do lado de fora o piloto para conduzir o avião contra os Alpes sem que ninguém o pudesse impedir.
O Airbus A320 da Germanwings, que fazia a ligação entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha), despenhou-se a 24 de março passado nos Alpes franceses, matando todos os 144 passageiros e seis tripulantes.
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