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Atraso no retorno das vítimas do voo da Germanwings

Familiares estão em protesto.

05 de junho de 2015 às 19:00

Os familiares dos mortos no avião da Germanwings deliberadamente despenhado contra os Alpes franceses reclamaram junto da companhia mãe, a Lufthansa, do atraso na devolução dos restos mortais das vítimas, indicou esta sexta-feira o seu advogado.

Os corpos deveriam ser repatriados nos dias 9 e 10 de junho, mas a Lufthansa contactou as famílias esta semana para anunciar um contratempo, disse Elmar Giemulla, o advogado das vítimas da cidade de Haltern, no noroeste da Alemanha.

"A revolta e desespero estão a aumentar", escreveram, numa carta enviada à Lufthansa, os familiares de 16 adolescentes que estavam entre as 150 pessoas mortas no despenhamento ocorrido a 24 de março.

Os primeiros funerais de estudantes de Haltern, que regressavam de uma viagem de intercâmbio a Espanha quando o copiloto fez o avião despenhar-se, já estavam marcados para 12 de junho.

Contudo, a Lufthansa informou esta semana as famílias de que "novos requisitos administrativos" tinham atrasado temporariamente o repatriamento dos restos mortais das vítimas", referiram as famílias.

Contactada na quinta-feira pela agência de notícias francesa, AFP, a Germanwings confirmou que se verificaram erros na emissão das certidões de óbito, cuja validade tinha expirado e que tiveram de ser novamente emitidas, o que conduziu a "uma interrupção" do processo.

"Estamos a trabalhar afincadamente para encontrar uma solução tão rapidamente quanto possível, no interesse dos familiares", declarou um porta-voz da Germanwings, sem especificar datas.

Erros ortográficos nas certidões

O presidente da câmara da aldeia de Prads-Haute-Bleone, situada perto do local do acidente, que assinou as certidões de óbito, afirmou que tinha havido ligeiros erros de ortografia "em nomes com sonoridade estrangeira" em seis ou sete dos documentos.

"Todas as certidões foram enviadas há três semanas e, assim que recebermos as correções exigidas pelo ministério público, iremos reemiti-las", explicou.

O procurador do Ministério Público Brice Robin disse à AFP que se reunirá com famílias de vítimas em Paris na próxima quinta-feira para discutir "o repatriamento dos corpos" e "a devolução de objetos pessoais".

Os investigadores só no mês passado acabaram de identificar os restos mortais de todas as 150 pessoas a bordo do voo que fazia a ligação entre Barcelona e Dusseldorf.

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