Criminosos bloqueiam vias expressas no Rio de Janeiro após acção da polícia com vários mortos

Polícia entre as vítimas mortais.

Polícia Federal brasileira Foto: DR
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Criminosos com armas de guerra bloquearam na manhã desta terça-feira as três principais vias expressas da cidade brasileira do Rio de Janeiro, a Avenida Brasil, a Linha Vermelha e a Linha Amarela, após uma operação policial na favela da Maré que terminou com várias pessoas mortas. Um dos três mortos já confirmados no violento confronto é um agente do BOPE, Batalhão de Operações Policiais Especiais, e um outro polícia foi gravemente ferido.

As outras duas pessoas cujas mortes tinham sido confirmadas até às 13 horas locais, 17 horas em Lisboa, eram traficantes de droga, de acordo com a versão das autoridades, e não se afasta a possibilidade de outras mortes terem ocorrido no interior do complexo. Segundo a polícia, os agentes que participaram na operação desta terça-feira foram recebidos à bala em vários pontos da favela da Maré, que, na verdade, é um conjunto com 17 favelas na zona norte da cidade, onde vivem milhares de pessoas de bem mas que são dominadas pela força das armas do crime organizado.

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Após os confrontos e a confirmação das mortes dos dois suspeitos, que seriam seguranças do traficante conhecido como Zequinha e que, segundo a polícia, comanda o tráfico na região, grupos armados foram para as três vias expressas e bloquearam o trânsito. Na Avenida Brasil, que liga a cidade do Rio de Janeiro às cidades vizinhas e a outros estados do país, principalmente São Paulo, os criminosos atravessaram e incendiaram um autocarro, usando-o como barricada.

A polícia conseguiu ao longo da manhã desobstruir o trânsito nas três importantes vias, mas o clima continuou muito tenso dada a forte presença de tropas de elite da Polícia Militar e o temor de que os criminosos voltassem a desencadear ações de retaliação. Ao todo, esta terça-feira pelo menos 39 escolas do Complexo de Favelas da Maré não puderam abrir, prejudicando dezenas de milhares de estudantes dos vários níveis, e os intensos tiroteios obrigaram ao fechamento das três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da região, hospitais locais que dão o primeiro atendimento a doentes e feridos.

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