Obra em causa está avaliada em 600 mil euros.
O quadro de Picasso desaparecido durante semanas em Espanha foi esquecido por uma empresa transportadora de obras de arte na entrada do prédio do proprietário e recolhido por uma vizinha, que pensou que era uma encomenda, segundo a polícia.
A polícia espanhola revelou esta sexta-feira que recuperou um quadro de Pablo Picasso avaliado em 600 mil euros que tinha desaparecido no transporte para uma exposição em Granada, no sul de Espanha.
"Recuperado o Picasso desaparecido no transporte para uma exposição em Granada. Poderá nunca ter chegado a entrar no camião de transporte", escreveu a Polícia Nacional de Espanha na rede social X, onde publicou uma fotografia do quadro.
Fontes da investigação policial explicaram posteriormente à agência de notícias EFE que o quadro nem sequer saiu do edifício onde vive o proprietário da obra, em Madrid.
Segundo as mesmas fontes, a empresa tinha de recolher num edifício da avenida Pio XII de Madrid várias obras de arte, incluindo o quadro de Pablo Picasso, para os levar para um armazém, a partir do qual seguiriam, no dia seguinte, para Granada.
No entanto, o quadro de Picasso, embalado, ficou esquecido na entrada do prédio, onde uma vizinha o viu mais tarde. Pensando que seria uma encomenda para algum dos moradores, a mulher recolheu o pacote e guardou-o em casa, sem o abrir.
A mulher guardou a embalagem até há alguns dias, quando o marido lhe comentou as notícias do Picasso desaparecido cujo proprietário residia na avenida Pio XII.
Sempre segundo as mesmas fontes da investigação citadas pela EFE, foi por causa destas notícias que a mulher se lembrou da encomenda que tinha levado para casa e telefonou posteriormente à polícia.
A Brigada de Património Histórico "mantém aberta a investigação" depois de a Polícia Científica ter "inspecionado a embalagem que continha o quadro", escreveu esta sexta-feira a polícia espanhola na rede social X, na mesma publicação em que confirmou ter recuperado a obra de arte.
O desaparecimento de "Nature morte à la guitare" ("Natureza morta com guitarra"), uma obra de 1919 do espanhol Pablo Picasso, com 12,7 centímetros de altura e 9,8 de largura, foi denunciada à polícia nacional espanhola em 10 de outubro passado pela Fundação CajaGranada.
Esta instituição explicou num comunicado que uma empresa especializada no transporte de obras de arte lhe entregou em 03 de outubro, no Centro Cultural CajaGranada, mais de meia centena de quadros com diversas origens levados desde Madrid para serem integrados na exposição "Natureza morta. A eternidade do inerte".
Sempre segundo o mesmo comunicado, as obras entregues ficaram depositadas num espaço da fundação, com videovigilância permanente, até ao dia 06 de outubro, quando foram desembaladas e os responsáveis pela instituição e pela exposição verificaram que faltava um quadro, "Nature morte à la guitare", apesar de constar das guias de transporte.
Fontes da investigação do caso citadas por vários meios de comunicação social locais tinham revelado que a viagem de cerca de 400 quilómetros entre Madrid e Granada, no sul de Espanha, para transportar as obras (57, à partida) levou dois dias a concluir, sendo este um dos aspetos em que se focava a investigação.
Os quadros foram transportados numa carrinha em que seguiam duas pessoas. Após a saída de Madrid, pararam a cerca de 27 quilómetros do destino, onde dormiram, num pequeno hotel, com as duas pessoas a, alegadamente, fazerem turnos para vigiar a carrinha, disseram as fontes policiais citadas pela imprensa espanhola.
As viagens por estrada para levar obras de arte obedecem a várias regras de acondicionamento e exigem velocidades lentas na condução, para não danificar as peças, como lembraram alguns peritos neste tipo de transporte citados também pela imprensa espanhola.
A identidade do proprietário de "Nature morte à la guitare" não foi até agora revelada. Sabe-se apenas que é um colecionador particular que adquiriu o quadro de Picasso há alguns anos por 60.000 euros e que o mantinha numa residência em Madrid, de onde foi levado em 25 de setembro, por uma empresa especializada no transporte de obras de arte, com o objetivo de ser integrada na exposição de Granada.
Segundo a Fundação CajaGranada, a obra foi agora avaliada para efeitos de seguro num valor de 600 mil euros.
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