Defesa da Europa é “obrigação sagrada”, afirma presidente norte-americano

Presidente Joe Biden tranquiliza Aliados e reitera compromisso com a defesa mútua.

15 de junho de 2021 às 09:12
António Costa Foto: Kenzo Tribouillard/reuters
Joe Biden, Jens Stoltenberg Foto: Kenzo Tribouillard / Reuters

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O presidente norte-americano Joe Biden reiterou esta segunda-feira o compromisso dos EUA com a defesa da Europa, afirmando na Cimeira da NATO que o Artigo Cinco do Tratado do Atlântico Norte sobre a garantia de defesa mútua é “uma obrigação sagrada”.

Procurando tranquilizar os Aliados após quatros anos de críticas e ameaças de Trump, que chegou a sugerir que os EUA poderiam não ajudar a Europa em caso de ataque, Biden fez questão de tranquilizar os Aliados, garantindo que os EUA são um parceiro de confiança. “O Artigo Cinco é uma obrigação sagrada. Quero que toda a Europa saiba que os EUA estão ao seu lado”, frisou.

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A Cimeira da NATO ficou ainda marcada pela designação da China, pela primeira vez, como um potencial rival militar. O comunicado final sublinha que “as ambições declaradas da China e o seu comportamento assertivo representam um desafio sistémico às regras que definem a ordem internacional e à segurança da Aliança”, nomeadamente devido à expansão do seu arsenal nuclear e convencional e crescente cooperação militar com a Rússia. “A China tem vindo a aproximar-se cada vez mais da capacidade militar e tecnológica da NATO”, avisou o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, ressalvando, porém, que a Aliança não deseja “uma nova Guerra Fria” com a China.

Ameaças do espaço

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O comunicado final da Cimeira da NATO sublinha, pela primeira vez, que um ataque no espaço ou feito a partir do espaço contra um membro da Aliança será alvo de uma retaliação conjunta, uma vez que “pode ser tão prejudicial para as sociedades modernas como um ataque convencional”.

Preocupação com o clima

Noutra novidade, os Aliados comprometem-se pela primeira vez a adotar medidas de proteção ambiental no planeamento das suas atividades, exercícios e operações.

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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, exigiu esta segunda-feira uma posição clara dos EUA e da NATO sobre uma possível adesão do país à Aliança. “Queremos uma resposta clara: sim ou não. Queremos saber datas e quais as possibilidade de isso acontecer mesmo”, afirmou.

Virar de página após “episódio difícil”

O primeiro-ministro, António Costa, considerou que a cimeira da NATO foi “a cimeira do reencontro entre a Europa e os Estados Unidos” e permitiu “virar a página” sobre um “episódio difícil e tenso” vivido pela Aliança nos últimos anos, numa referência à relação difícil entre os Aliados e o ex-presidente americano Donald Trump. Costa considerou ainda “muito importante para Portugal” o reforço da dimensão transatlântica da Aliança.

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