Detidos membros de milícia suspeitos da morte de candidato a deputado no Rio de Janeiro
Jerónimo Guimarães foi assassinado no passado dia 4 ao chegar ao seu escritório.
Uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público prendeu esta quinta-feira no Rio de Janeiro diversos membros de uma milícia armada que atua na zona oeste daquela cidade brasileira e é suspeita de grande número de homicídios. Um dos crimes atribuídos à milícia Bonde do Zinho, comandada pelo criminoso Luiz António da Silva Braga, o Zinho, é o do ex-vereador e candidato a deputado nas eleições de outubro próximo Jerónimo Guimarães, o Jerominho.
O político foi assassinado no passado dia 4 ao chegar ao seu escritório, também na zona oeste da cidade. Ao estacionar, o carro dele foi cercado por três homens armados com espingardas de guerra, que o atingiram com mais de 10 tiros disparados à queima-roupa.
Jerominho, segundo a polícia, fundou, com a ajuda do irmão, o ex-deputado Natalino Guimarães, a maior milícia do Rio de Janeiro, a Liga da Justiça, que depois deu origem ao Bonde do Zinho.
Uma disputa interna pelo poder pode ter estado na origem do assassínio do fundador da milícia, tal como diversas outras mortes de milicianos ocorridas nos últimos meses naquela região. Uma das prisões realizadas esta quinta-feira ocorreu na cidade turística de Gramado, no sul do Brasil, onde um dos líderes da milícia, Geovane Mota, o Gêgê, se escondia num hotel de luxo.
Até às 13h00 do Rio de Janeiro, 17h00 em Lisboa, oito milicianos já tinham sido presos, de acordo com um balanço provisório das autoridades. Ao todo, a PF e o MP tentam cumprir 23 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt