Dilma oferece cargos em troca de apoios

Presidente cancela ida aos EUA para liderar negociações.

Dilma Rousseff, EUA, Lula da Silva, Partido Progressista, Paulo Maluf, Partido da República, Partido Social Democrático Foto: Gregg Newton/Reuters
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A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria esta quinta-feira aos EUA e iniciou desde já esforços para reconstruir a sua base de apoio, após a saída do governo do maior partido da coligação, o PMDB. Para isso, está a usar a política de troca de favores do seu antecessor e agora seu "ministro informal", Lula da Silva.

Dilma reuniu-se com líderes do Partido Progressista, de Paulo Maluf, do Partido da República, ligado à IURD, e do Partido Social Democrático, do ex-presidente de São Paulo, Gilberto Cassab, e ofereceu-lhes os cargos deixados vagos pelo PMDB em troca de apoio contra o processo de destituição. Dilma vê até vantagens na saída do PMDB, pois o partido que rompeu com o executivo por pressão do vice-presidente, Michel Temer, tem 69 deputados, enquanto os três maiores partidos agora ‘cortejados’, PP, PR e PSD, têm 129.

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O que Dilma oferece não é pouco, pois o PMDB tinha sete ministros, e outras pessoas ligadas ao partido ocupam quase 700 cargos em ministérios, empresas públicas e órgãos do governo, agora também negociáveis. Além disso, Dilma fez publicar em edição extraordinária do ‘Diário Oficial’ um decreto que facilita o recebimento, por parlamentares, de verbas para obras e eventos nas suas regiões de origem e que até agora eram recusadas pelo executivo.

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