Dinamarca compra sistema de defesa costeira antímissil no valor de 100 milhões de euros
O contrato inclui o fornecimento de um sistema avançado de controlo de tiro, mísseis de ataque naval e plataformas de lançamento.
O Governo da Dinamarca, país que controla passagens cruciais para o Báltico, comprou um novo sistema de defesa costeira antimíssil no valor de 100 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira a empresa vendedora, a norueguesa Kongsberg Defence & Aerospace.
Com esta aquisição, a Dinamarca torna-se o quinto país da NATO a adquirir o sistema NSM CDS, depois da Polónia, dos Estados Unidos, da Roménia e da Letónia.
Com o novo sistema de defesa costeira Naval Strike Missile (NSM CDS), a Dinamarca passa a ter "a mais recente tecnologia e o sistema de artilharia costeira mais moderno do mundo", considerou a Kongsberg, o maior grupo industrial de defesa da Noruega, em comunicado.
O contrato inclui o fornecimento de um sistema avançado de controlo de tiro, mísseis de ataque naval e plataformas de lançamento.
Este é o segundo grande contrato militar que Copenhaga assinou com a empresa norueguesa em menos de um mês, após a compra, no final de novembro, do Sistema Avançado de Mísseis Superfície-Ar (NASAMS) por 500 milhões de euros. EFE
Apesar de não ter fronteiras com a Rússia, a Dinamarca controla passagens navais importantes para o Báltico, região que, a par da Europa de Leste, se está a preparar para a possibilidade de Moscovo querer controlar.
Na terça-feira, oito países da Europa do Leste (Finlândia, Suécia, Letónia, Lituânia, Estónia, Polónia, Roménia e Bulgária) determinaram, numa cimeira realizada em Helsínquia, que a defesa da fronteira leste da Europa deve ser uma prioridade imediata devido à ameaça russa.
Os líderes reunidos consideraram que, quando for assinada a paz com a Ucrânia, a Rússia "moverá as suas forças militares" em direção à fronteira com a Finlândia e aos países bálticos, pelo que é preciso reforçar as capacidades de combate terrestre, a defesa antidrones, a defesa aérea e antimíssil, e a proteção das fronteiras e das infraestruturas críticas no âmbito da UE e em conjunto com a NATO.
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