Diretor-geral da Agência Espacial Europeia diz que mundo enfrenta "tempestade perfeita"

Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação, esteve presente na reunião do Conselho Ministerial da ESA na Alemanha.

26 de novembro de 2025 às 19:10
Josef Aschbacher, diretor-geral da Agência Espacial Europeia (ESA) Foto: Agência Espacial Europeia
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O diretor-geral da Agência Espacial Europeia (ESA) advertiu esta quarta-feira que o mundo enfrenta uma "tempestade perfeita" que exige que os 23 Estados-membros tomem "decisões corajosas" para melhorar a defesa e segurança no espaço.

"As persistentes ameaças de segurança provenientes da Rússia, a constatação de que a Europa deve ser capaz de se defender e as crescentes pressões sobre as nossas sociedades, democracias, valores e economias fazem-nos compreender que estamos perante uma tempestade perfeita que exige decisões corajosas", disse Josef Aschbacher, na sessão de abertura do Conselho Ministerial da ESA, que decorre até quinta-feira na cidade alemã de Bremen.

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Aschbacher apresentou, perante os responsáveis governativos dos países-membros, uma proposta orçamental de 22,2 mil milhões de euros para financiar os projetos da ESA nos próximos três anos, e que representa um aumento de 30% face ao orçamento aprovado em 2022.

Portugal, que está representado no Conselho Ministerial pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, compromete-se a reforçar a sua participação na ESA com 204,8 milhões de euros para 2026-2030, mais 51% face ao período anterior.

"Acreditamos que a participação portuguesa nos programas da ESA pode contribuir para uma Europa mais resiliente, interoperável com outras nações europeias e atlânticas, e que sirva de ponte fundamental para África e para o Atlântico Ocidental", afirmou Fernando Alexandre, na sua intervenção.

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Para o diretor-geral da ESA, as alterações climáticas continuam a ser "o maior desafio do mundo", com o espaço a tornar-se "cada vez mais estratégico".

"As instabilidades geopolíticas exigem uma capacidade espacial europeia mais forte, mais independente e mais autónoma", sustentou.

O orçamento da ESA proposto visa, nomeadamente, modernizar o sistema de observação da Terra com dados mais inteligentes, financiar missões de defesa planetária, enviar satélites capazes de estender a vida útil de outros satélites e assegurar o acesso europeu independente ao espaço com os foguetões da gama Ariane 6 e Vega-C.

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