Discurso de Trump interrompido por protesto pró-Palestina no parlamento israelita
Presidente norte-americano celebrou a libertação de reféns em Gaza.
Donald Trump, o presidente norte-americano, visitou esta segunda-feira o parlamento israelita, o Knesset, onde celebrou a libertação dos 20 reféns que estiveram em Gaza durante os últimos dois anos de conflito.
"Após dois anos angustiantes na escuridão e no cativeiro, 20 reféns corajosos estão a regressar ao abraço glorioso das suas famílias. Mais 28 entes queridos preciosos estão finalmente a voltar para casa para descansar nesta terra sagrada para sempre", disse o líder norte-americano.
"A guerra acabou", afirmou, "é o fim de uma era de terror e morte".
Ao longo do seu discurso agradeceu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a Steve Witkoff, o seu enviado especial ao Médio-Oriente e aos líderes árabes e muçulmanos que tiveram um papel importante nas negociações com o Hamas.
No agradecimento ao primeiro-ministro israelita, Trump considerou que "Bibi", a alcunha de Benjamin Netanyahu, "não é uma pessoa fácil de lidar, mas é o que o torna tão fantástico".
"Tal como os Estados Unidos, esta será a era dourada de Israel e do Médio Oriente", considerou.
Passados 10 minutos, o discurso de Donald Trump foi interrompido por dois deputados da oposição a pedir o reconhecimento da Palestina, que foram rapidamente retirados pelas forças de segurança presentes. "Isso foi eficiente", disse o líder norte-americano antes de resumir.
Donald Trump acredita também que as armas trouxeram paz à região. "Bibi ligava-me tantas vezes [a pedir armas], tantas que Israel se tornou forte e poderoso, foi isso que levou à paz", afirma.
A visita do presidente dos EUA a Israel acontece horas antes da cimeira de paz no Egito onde estarão presentes líderes árabes e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, mas sem a presença de 'Bibi'.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt