Suspeito de ataque em Bruxelas foi morto pela polícia
Agressor matou dois adeptos suecos a tiro.
Um tiroteio causou, esta segunda-feira, a morte a duas pessoas e feriu uma terceira, no centro de Bruxelas, na Bélgica, avança a imprensa belga, que fala em suspeitas de terrorismo.
O agressor, que estava em fuga, acabou por morrer esta terça-feira após ter sido baleado pela polícia durante uma troca de tiros num café, avança a Reuters.
A arma encontrada com o homem neutralizado corresponde à que foi utilizada no ataque.
O ataque ocorreu pouco depois das 19h00 locais (18h00 em Lisboa) e vitimou duas pessoas de nacionalidade sueca que estariam na capital belga para assistir ao encontro entre a Suécia e a Bélgica.
Segundo a Associated Press, o agressor disparou várias vezes perto de uma estação, com recurso a uma arma de grande porte. O homem terá gritado "Allahu akbar" (Deus é grande, em português) no momento dos disparos.
A porta-voz da polícia, Ilse Vande Keere, disse que os agentes chegaram rapidamente ao local e isolaram a área.
O Procurador Federal belga disse que o autor do atentado afirmou ter sido inspirado pelo Daesh e que a nacionalidade das vítimas foi a sua motivação. O suspeito partilhou um vídeo no Facebook em que diz ter matado "três suecos" e indica que é "um combatente de Alá", agindo em nome do Daesh (EI). "Vivemos e morremos pela nossa fé", afirmou. O agressor também terá dito que o tiroteio foi motivado pela recente morte de um menino muçulmano nos EUA.
O Procurador Federal belga disse que o autor do atentado afirmou ter sido inspirado pelo Daesh e que a nacionalidade das vítimas foi a sua motivação.
O suspeito partilhou um vídeo no Facebook em que diz ter matado "três suecos" e indica que é "um combatente de Alá", agindo em nome do Daesh (EI). "Vivemos e morremos pela nossa fé", afirmou.
O agressor também terá dito que o tiroteio foi motivado pela recente morte de um menino muçulmano nos EUA.
O encontro entre Suécia e Bélgica, no Estádio Heysel, a cerca de 5 quilómetros de distância do incidente, foi interrompido ao intervalo depois de os jogadores visitantes recusarem voltar ao campo. O encontro, que estava empatado, 1-1, não foi retomado e os adeptos foram aconselhados a permanecer no estádio durante algum tempo.
As pessoas presentes nas bancadas só abandonaram o recinto pelas 23h30 e os suecos foram aconselhados, segundo a Cadena COPE, a esconder os adereços que os pudessem identificar.
Bruxelas no mais alto nível de ameaça
O nível de ameaça na Bélgica foi elevado para três, exceto em Bruxelas que se mantém no quatro, o nível mais alto de ameaça.
"Após o tiroteio mortal no centro de Bruxelas, a OCAD eleva o nível de ameaça para Bruxelas para o nível 4. Isso significa que a ameaça é muito séria e iminente. O nível geral de ameaça para a Bélgica será elevado para o nível 3 (a ameaça é grave). Esses níveis de ameaça permanecerão em vigor até que tenhamos mais informações", disse o Órgão de Coordenação da Avaliação das Ameaças citado pelo Nieuws Blad.
Marcelo está em Bruxelas
O Presidente da República, que se encontra em Bruxelas para uma visita de Estado à Bélgica, considerou prematuro ligar o ataque à situação no Médio Oriente.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas num hotel de Bruxelas, depois de cancelar uma ida a um bar português para assistir ao jogo de futebol da seleção portuguesa de futebol, por indicação das autoridades belgas, na sequência desse ataque em que morreram duas pessoas.
Segundo o chefe de Estado, "é prematuro nesta altura estabelecer uma ligação entre isso e aquilo que está a acontecer no Médio Oriente".
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