Donald Trump questiona: “Quanto sangue terá de ser derramado?”
Presidente dos EUA reitera a defesa do muro na fronteira com o México e culpa a oposição democrata pelo ‘shutdown’ que dura há quase três semanas.
O presidente dos EUA dedicou o seu primeiro discurso transmitido em direto da Sala Oval da Casa Branca, na noite de terça-feira, para acusar a oposição democrata pelo ‘shutdown’ (fecho do governo), que dura há quase três semanas, e reiterar a exigência de fundos para construir um muro contra imigrantes na fronteira com o México.
Trump usou retórica forte para defender um projeto que fez parte das suas promessas eleitorais.
"Quanto sangue de americanos terá de correr até o Congresso fazer o seu trabalho?", afirmou, assegurando que o ‘shutdown’ "existe apenas por uma razão: porque os democratas recusam financiar a segurança na fronteira".
Classificando o que se passa junto ao México como "uma crise humanitária" e uma crise de segurança nacional, afirmou: "A fronteira sul é um canal de passagem de vastas quantidades de drogas, incluindo metanfetamina, heroína e cocaína. Todas a semanas morrem 300 cidadãos nacionais só devido à heroína."
Trump disse mesmo que a partir do México entram nos EUA milhares de criminosos. "Foram detidos 266 mil estrangeiros com cadastro, incluindo muitos que estão implicados em 100 mil assaltos, 30 mil agressões sexuais e quatro mil homicídios", acusou.
A oposição democrata considerou que Trump "escolheu o medo" e ignorou os factos.
Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, acusou o presidente de recusar medidas bipartidárias para reabrir o governo, com consequências dramáticas: "Escolheu manter reféns serviços cruciais para a saúde, a segurança e o bem-estar do povo americano e retirou o pagamento a 800 mil funcionários inocentes."
Já Chuck Schumer, líder da minoria democrata no Senado, acusou Trump de "governar por meio de birras" e de querer impor a sua vontade pela força e pela chantagem.
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