Promessas de Teerão "foram uma mentira", diz Trump

Presidente dos EUA garante que o as "ambições sangrentas do Irão aumentaram".

08 de maio de 2018 às 17:01
Trump rejeita acordo nuclear com Irão Foto: Reuters
Donald Trump anuncia guerra na Síria Foto: Getty Images
Donald Trump Foto: Reuters
2018-04-27_21_36.46 Trump.jpg
Donald Trump Foto: Reuters
Donald Trump, presidente dos EUA Foto: Reuters

1/6

Partilhar

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou esta terça-feira a rejeição norte-americana do acordo nuclear com o Irão. 

Em conferência de imprensa, o Presidente norte-americano falou em "acordo desastroso", que "nunca deveria ter sido assinado" pois, sabe-se agora, as "promessas" de Teerão "foram uma mentira".

Pub

Para Trump, "o legado de terror do Irão é mais perigoso que armas nucleares", mas o país, apesar das sanções, "continua a construir armamento" e tem agora "mais fundos para financiar terroristas". 

"Não podemos prevenir uma bomba nuclear do Irão. O acordo foi unilateral e não trouxe calma nem paz, nem nunca trará", adiantou Trump. 

Pub

Trump rasga, assim, o compromisso internacional assinado em julho de 2015, após mais de dois anos e meio de negociações. 

Tal decisão não é surpreendente, uma vez que Trump nunca foi fã do acordo assinado por Barack Obama: durante a campanha eleitoral, chegou a chamar ao acordo "insano" e "um desastre".   

Pelo caminho, deixa ainda um aviso a outras nações: "Os EUA já não fazem ameaças vazias. Quando faço promessas, eu cumpro-as", ressalva, garantindo que o país vai "colocar as mais altas sanções económicas" a Teerão. 

Pub

Deixando uma mensagem ao povo iraniano, Trump assegura que os norte-americanos estão do seu lado. "Eles merecem uma nação que honre a sua história". Para tal, o Presidente dos EUA diz que está "pronto" a negociar "um novo acordo", assim que "os líderes" iranianos estejam preparados para tal. 

"Grandes coisas podem acontecer ao Irão", remata. 

Irão promete reagir 

Pub

Segundo avança a agência Reuters, um grupo de decisores iraniano já garantiu que o parlamento daquele país vai obrigar o Governo a reagir "ferozmente" ao afastamento dos EUA do acordo nuclear, falando em "demandas ilegítimas". "A América não se pode impôr assim sobre o Irão e ignorar os direitos do país", é dito, numa carta enviada ao líder supremo Ayatollah Ali Khamenei.

Mais tarde, também o presidente do Irão, Hassan Rouhani, discursou sobre o assunto, garantindo que já desconfiava de tal cenário e que estava à espera que "Trump não respeitasse o acordo feito com o seu antecessor". 

Mesmo assim, o país "não está preocupado com eventuais sanções económicas" e vai "continuar de pé contra todas as crises". 

Pub

"Para já, o Irão continuará a respeitar o acordo celebrado em 2015, pois é um acordo que se mantém de pé com cinco importantes países", assegura Rouhani. No entanto, e "se for preciso", o país "vai voltar a enriquecer urânio". 

"Se as negociações dos próximos meses não forem de encontro aos nossos interesses, o regime irá tomar medidas", ressalva, dizendo que "o Irão vai continuar a olhar para o futuro" e a tentar resolver os problemas do povo iraniano.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar