Trump anuncia cimeira com Kim Jong-Un a 27 e 28 de fevereiro

Presidente americano voltou a defender muro com o México no discurso do Estado da União.

06 de fevereiro de 2019 às 00:11
Donald Trump no discurso do Estado da União Foto: EPA
Donald Trump, Presidente dos EUA Foto: Reuters
Donald Trump Foto: Getty Images
Donald Trump Foto: Getty Images

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O presidente americano voltou esta madrugada a apelar aos democratas que aprovem o financiamento da construção de um muro com o México. "É tempo de os coiotes sem escrúpulos, os traficantes de droga e de pessoas serem postos fora de combate", justificou Donald Trump. O presidente apela ao entendimento entre Republicanos e Democratas para aprovar o muro. "Queremos proteger a nossa muito perigosa fronteira a Sul".

Trump falou em detalhe dos crimes que diz terem origem nos gangs que entram na América através do México e convidou familiares de vítimas de crimes que terão sido praticados por imigrantes ilegais a ouvirem o discurso no Senado, saudando-os durante a alocução.

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Trump quer acordo nuclear com Rússia e China e retirar tropas na Síria e no Afeganistão

"Talvez possamos negociar um acordo diferente, acrescentando a China e outros", disse Donald Trump, no discurso do Estado da União, proferido perante o Congresso norte-americano, na terça-feira.

A afirmação do Presidente dos EUA vem na sequência do anúncio da retirada do país, na sexta-feira, do Tratado sobre Armas Nucleares de Alcance Intermédio (INF), responsabilizando a Rússia por violar o acordo concluído em 1987 durante a Guerra Fria.

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Trump quer acabar com VIH, cancro infantil e reduzir preço dos medicamentos

"Juntos, vamos acabar com VIH [vírus da imunodeficiência humana] nos Estados Unidos e no mundo", disse Donald Trump, durante o discurso do Estado da União.

"Os avanços científicos trouxeram o que antes era apenas um sonho distante. A minha proposta de orçamento [para o próximo ano fiscal] pede aos democratas e republicanos que façam o compromisso necessário para eliminar a epidemia de VIH [dentro de 10 anos]", avançou.

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Bolsonaro reúne-se com Trump na Casa Branca em meados de março

O encontro vai acontecer "em meados de março", disse Ernesto Araújo, acrescentando que ainda se está a estudar uma data exata.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil esteve reunido, em Washington, com o homólogo norte-americano, Mike Pompeo.

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Trump diz que apenas um muro garante a segurança contra imigração ilegal

Os legisladores "têm o dever moral de criar um sistema de imigração que proteja as vidas e empregos" dos norte-americanos, afirmou Donald Trump, durante o discurso do Estado da União, na terça-feira.

Republicanos e democratas "devem unir forças" para enfrentar esta "crise nacional", sublinhou.

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Cimeira com Kim Jong-un a 27 e 28 de fevereiro

O líder dos Estados Unidos falou sobre a sua "bola relação" com o presidente na Coreia do Norte e anunciou que a próxima cimeira entre Trump e Kim Jong-Un vai ter lugar a 27 e 28 de fevereiro, no Vietname. E louvou a sua própria conduta nas negociações para fazer o país asiático desistir das armas nucleares: "Se não fosse eu, teríamos uma guerra terrível com a Coreia do Norte".

Ainda sobre a atualidade internacional, voltou a condenar o "ditador da Venezuela", apelando à saída de Nicolas Maduro do poder.

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Apelos à união e muitas críticas

Antes, Donald Trump começou o discurso sobre o Estado da Nação perante o senado americano a falar de "união" e da necessidade de ter sempre "os interesses da América em primeiro lugar". 

Mas as críticas não tardaram em surgir, e em várias direções. "Estamos a viver um milagre económico e só politquices, tolices e investigações ridículas podem por isso em risco", disse Trump, referindo-se à oposição dos democratas e às investigações de que tem sido alvo, nomeadamente pelo alegado apoio russo à sua eleição.

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Um dos primeiros problemas internos que abordou foi a Saúde. "Os americanos pagam demasiado", diz Trump, que listou os sucessos económicos que a sua administração tem alcançado, sublinhando os bons números do emprego. "Mais pessoas estão a trabalhar agora do que em qualquer outro momento da história americana".

Um dos temas mais sensíveis do discurso foi o apelo que Trump fez aos legisladores para que proíbam a prática de abortos "nos últimos estágios de gestação". Um tema que apela ao eleitorado do presidente americano, mas que está longe de reunir consenso.

Discurso após o mais longo shutdown

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Depois de vários adiamentos e polémicas, o discurso do "Estado da União" do presidente americano arrancou pelas 02h00  (hora de Lisboa), depois do maior shutdown na história dos EUA.

A imprensa norte-americana avançava que, no discurso anual do Estado da União, Donald Trump não irá resistir a focar-se no tema da imigração, que tanta divisão política tem provocado nos últimos meses, estando mesmo na origem da paralisação parcial do governo, que se encontra suspensa por duas semanas, pedindo aos norte-americanos para se unirem à volta dos interesses de segurança nacional.

O discurso do Estado da União esteve previsto para dia 22 de janeiro mas foi adiado este ano, quando a porta-voz da Casa dos Representantes, a Democrata Nancy Pelosi, se recusou a receber a visita do Presidente, por considerar que o 'shutdown' (que afeta os serviços secretos dos EUA) retirava condições de segurança para o evento.

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Donald Trump ameaça voltar a paralisar o governo, se o Congresso não aceitar financiar um muro ao longo da fronteira com o México, uma condição que o Partido Democrata diz não aceitar.

Fontes da Casa Branca citadas hoje por vários jornais indicavam também que o Presidente deverá falar do tema do aborto, respondendo a apelos da sua base de suporte evangélica, que têm feito campanha pela importância do "respeito pela vida humana".

O discurso que Trump fará às 21h00 ( 02h00 em Portugal) decorre da obrigação que a Constituição dos EUA impõe ao Presidente para "regularmente dar ao Congresso informações sobre o Estado da União".

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