‘Efeito Illa’ aumenta risco de bloqueio na Catalunha
Ex-ministro da Saúde agitou campanha e colocou socialistas na frente.
Os eleitores da Catalunha elegem este domingo um novo governo autonómico, com as sondagens a apontarem para um empate técnico entre o Partido Socialista (PSC), impulsionado pela escolha como cabeça de lista do popular ex-ministro espanhol da Saúde, Salvador Illa, e os dois maiores partidos independentistas, o Juntos pela Catalunha e a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC). As piores previsões apontam para um cenário de ingovernabilidade pós-eleitoral que poderá levar à repetição das eleições, aumentando a incerteza política em plena pandemia.
As últimas sondagens indicam que o PSC deverá ser o partido mais votado com 22%, seguido pelo Junts com 20,4% e pela ERC com 20,1%. A confirmarem-se estes números, nem os independentistas conseguem chegar à maioria absoluta - isto partindo do pressuposto que aceitariam voltar a trabalhar juntos depois do fracasso da última coligação - nem os socialistas conseguem encontrar aliados entre os partidos não independentistas para somar uma maioria estável. Chegou a falar-se na possibilidade de um novo ‘tripartido’ entre o PSC, a ERC e o Podemos, mas os independentistas assinaram nos últimos dias uma declaração formal rejeitando qualquer aliança com os socialistas, o que só veio complicar ainda mais as contas para a formação do próximo governo regional.
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