Professora pediu indicações ao vizinho para ir ao supermercado e acabou morta
Corpo da mulher tinha marcas de violência, em Espanha. Laura escreveu frase em 2015 sobre "não andar sozinha" na rua.
O cadáver da professora de 26 anos que estava desaparecida desde dia 12, quarta-feira da semana passada, foi encontrado esta terça-feira por um voluntário que participava nas buscas, em Huelva, Espanha.
A Guarda Civil anunciou esta terça-feira que foi detido um suspeito e que este era vizinho de Laura Luelmo. Bernardo Montoya terá saído da prisão há dois meses, depois de cumprir uma pena de 17 anos e sete meses pelo assassinato de uma mulher, em 1995, e outros casos de violência e roubo.
Já nessa altura, fontes próximas do caso revelaram ao El País que a mulher tinha comentado com o namorado, no dia em que desapareceu, que não confiava no vizinho e que este tinha saído há pouco tempo da prisão.
Segundo o El País, o corpo foi encontrado seminu, no meio dos arbustos. A inspeção ocular ao cadáver revelou que a mulher tinha um golpe na cabeça e vários sinais de violência no corpo e os resultados da autópsia revelaram que a morte da jovem só terá sido consomada dois ou três dias após o seu
desaparecimento., entre o dia 14 ou 15.
Durante a manhã desta quarta-feira, Bernardo Montoya acabou por confessar o crime, após um longo interrogatório a que foi sujeito pelas autoridades.
A última versão do detido, que veio confirmar a tese das autoridades, avança que Laura terá falado com Bernardo para saber onde ficava o supermercado mais próximo. Alegadamente, o agressor deu-lhe uma indicação errada, o que a levou a uma rua sem saída. De seguida, terá ido com o seu veículo até ao mesmo local, onde a encontrou. Montoya acabou por agredir a jovem professora, sendo que a cabeça terá batido no porta-bagagens do veículo. Inconsciente, Bernardo transportou Laura para o local onde o corpo acabou por ser encontrado, avança o jornal El Mundo
"Ensinam-te a não andar sozinha em lugares escuros em vez de ensinarem os monstros a não o ser. O problema é esse", escreveu Laura Luelmo, na plataforma Twitter, em 2015.
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