Enfermeira conforta doentes Covid com luvas cheias de água quente para simular toque humano

'Mão de Deus' viajou além-fronteiras e está a dar que falar em vários países.

08 de abril de 2021 às 12:37
2021-04-08_11_38_56 170108034_10161236714771151_1415729023539494992_n.jpg Foto: Direitos Reservados
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Duas luvas descartáveis presas à mão e cheias de água quente. Foi a ideia da enfermeira brasileira, Lidiane Melo, para reconfortar doentes de Covid-19 que estejam isolados na enfermaria.

Este gesto, conhecido como 'Mão de Deus', serve para simular o contacto humano, que tem sido impossível devido ao isolamento a que a doença obriga.

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Segundo a publicação no Facebook do jornal italiano La Repubblica, a ideia espalhou-se com a proibição de se estar perto de pacientes graves com Covid-19. 

"Fiz esta luva com água quente para melhorar a perfusão dos meus pacientes e ver melhor a saturação: espero que o paciente tenha a sensação de que alguém está a segurar a mão dele", escreveu no Facebook a enfermeira Lidiane Melo.

Lidiane, citada pelo portal G1, conta alguns casos de sucesso com esta técnica, nomeadamente, de quando um paciente deu entrada nas urgências e não estava a conseguir medir-lhe a saturação. "A mão dele estava muito fria. Enrolei em algodão ortopédico, que é uma prática recorrente na enfermagem, mas não funcionou. A circulação não melhorava. Pensei em molhar a mão dele com água morna, mas por causa do risco de contaminação, a ideia não era boa. Pensei mais um pouco e coloquei a água morna dentro das luvas cirúrgicas e envolvi na mão dele", lembra, acrescentando que em três minutos o paciente começou a melhorar.

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A técnica aplicada por Lidiane não só melhora a circulação sanguínea nas extremidades do corpo, como também conforta o psicológico e ajuda a acalmar os pacientes, avança o portal G1.

Para além dos elogios prestados à dedicação de Lidiane, a técnica 'Mão de Deus' viajou além-fronteiras e está a dar que falar em vários países, nomeadamente, em Itália, que tem sido destacada pelos meios de comunicação social. 

A ideia já tem cerca de um ano, mas foi só recentemente que a enfermeira decidiu publicar a fotografia, avança o portal G1.

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