Especialistas da saúde acusam Donald Trump de "crime contra a humanidade"
Presidente dos EUA anunciou que vai suspender financiamento à Organização Mundial de Saúde.
Os principais especialistas em saúde acusaram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de estar a cometer "um crime contra a humanidade" e "um ato condenável" após anúncio de suspensão de financiamento à Organização Mundial de Saúde.
Esta terça-feira, Donald Trump, anunciou que iria cortar o financiamento à OMS durante 60 a 90 dias, aguardando uma revisão "para avaliar o papel da Organização Mundial da Saúde" no encobrimento da disseminação do coronavírus. Atualmente, os EUA são o maior colaborador da OMS pelo que esta medida terá impacto em todo o mundo.
Richard Horton, editor-chefe da revista médica Lancet, afirma que a decisão de Trump foi "um crime contra a humanidade" e "todo o cientista, profissional de saúde e cidadão deve resistir e se rebelar contra a terrível traição à solidariedade global".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que "não é o momento" de cortar fundos ou questionar erros. "Depois que finalmente virarmos a página desta epidemia, é preciso tempo para olharmos para trás, para entendermos como a doença surgiu e espalhou devastação tão rapidamente no mundo todo, e como todos os envolvidos reagiram à crise", afirmou.
Amesh Adalja, um investigador sénior do Centro de Segurança da Saúde da Universidade Johns Hopkins, disse que a OMS cometeu erros e pode precisar de mudanças, mas esse trabalho só deve ocorrer após a crise passar.
Nahid Bhadelia, médico de doenças infecciosas e professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, disse que o corte foi "um desastre absoluto".
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