Estados Unidos chegam as 500 mil infetados por coronavírus

São já o país do Mundo com mais casos confirmados, bem como em número de mortes. Donald Trump diz ter em mãos a sua maior decisão.

12 de abril de 2020 às 09:13
Coronavírus nos EUA Foto: Reuters
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Mais de meio milhão de pessoas nos Estados Unidos foram infetadas pela Covid-19, aponta a última contagem da Universidade John Hopkins. Os EUA são agora o país no Mundo com mais casos confirmados - cerca de 503 mil - bem como em número de mortes, que este sábado ultrapassaram a barreira das  19 800 pessoas, um valor que supera os cerca de 19 500 registados em Itália. 

Covid-19: Estados Unidos são 'gigante com pés de barro'?

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Covid-19: Estados Unidos são 'gigante com pés de barro'?

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Na última sexta-feira, os EUA atingiram o número recorde de 2108 vítimas causadas pela Covid-19 no espaço de 24 horas, tornando-se assim o primeiro país no Mundo a ultrapassar esta marca num só dia. No entanto, números animadores são os apresentados pelas mais de 28 900 pessoas que foram dadas como curadas da doença.

Após a divulgação destes valores, o presidente dos Estados Unidos afirmou que tem em mãos a maior e mais difícil decisão que terá de fazer na sua presidência. Donald Trump referia-se à indicação da data em que será seguro ‘reabrir’ o país, com um lento regresso à normalidade. Para já, o líder norte-americano já anunciou que as medidas de distanciamento social, para controlar o avanço galopante da Covid-19, estariam em vigor até, pelo menos, dia 30 deste mês.

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No estado de Nova Iorque, que continua a ser o centro da pandemia, começaram a ser enterrados em valas comuns os corpos das vítimas que não são reclamadas. Face à falta de espaço nas morgues e nos cemitérios locais, as autoridades decidiram enviar as vítimas para uma vala comum aberta em Hart Island, uma ilha desabitada ao largo do Bronx. Ainda no início da pandemia foram destacados alguns reclusos da prisão de Rikers Island para enterrar os corpos.

Na ocasião foi-lhes oferecido um salário de seis dólares por hora - cerca de cinco euros -, um valor elevado para o normal praticado nas prisões, e materiais de proteção contra o coronavírus. Porém, o plano já foi posto de parte, depois de se ter registado um surto de Covid-19 na prisão, com 275 reclusos a testarem positivo, obrigando a Câmara de Nova Iorque a contratar uma empresa externa para realizar o trabalho.

Vala comum recebe vítimas de coronavírus

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Devido à sobrelotação das morgues, a cidade de Nova Iorque deixou de guardar os corpos não reclamados e tem enterrado dezenas em valas no cemitério de Hart Island, uma ilha desabitada que se situa ao largo de Bronx. Há mais de um século que o local é usado para sepultar corpos que não são reclamados.

PORMENORES

24 funerais por dia

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Desde o início da pandemia que estão a ser realizados 24 funerais por dia em Hart Island, sendo que normalmente são sepultadas cerca de 25 pessoas por semana nesta ilha.

Prisão de Renato Seabra

O ex-modelo Renato Seabra esteve preso durante cerca de dois anos no estabelecimento prisional de Rikers Island, depois de ter sido condenado a uma pena mínima de 25 anos pela morte de Carlos Castro. 

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Novo vírus tem um alcance de quatro metros 

O novo coronavírus não contamina apenas as superfícies como também o ar próximo de doentes infetados com a Covid-19, num raio de quatro metros, revela um estudo feito num hospital de campanha em Wuhan, China, e publicado na sexta-feira. No entanto, e isto pode ser uma boa notícia, o estudo não conclui que a carga viral a quatro metros seja suficiente para contaminar alguém. Ou seja, o teste usado deteta a presença do vírus, mas não a quantidade de vírus viável, o que significa que para já não é possível saber se a quantidade de vírus presente num espirro ou respiração de um doente pode contaminar alguém que esteja a quatro metros de distância.

Os dados publicados na revista ‘Emerging Infectious Disease’, do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças americano, resultam de uma investigação centrada em amostras de 15 pacientes em estado grave e 24 em estado menos grave, durante o período de 19 de fevereiro a 2 de março. As amostras foram retiradas do chão, ratos de computador, latas de lixo, grades de cama, máscaras de pacientes, equipamentos de proteção para cuidadores, saídas de ar e também nos quartos.

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MEDIDAS CONTRA A CRISE

Espanha

O governo espanhol alterou a regulamentação do investimento estrangeiro para evitar que empresas de países fora da União Europeia assumam o controlo de entidades espanholas em setores estratégicos, aproveitando a sua queda na Bolsa. Madrid aprovou ainda uma dilação de três meses para os pagamentos de crédito ao consumo de pessoas em situação de vulnerabilidade económica.

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O governo britânico anunciou um pacote de 857 milhões de euros destinado às organizações de solidariedade ou sem fins lucrativos para continuarem a funcionar durante a pandemia da Covid-19, incluindo instituições de apoio a vítimas de violência doméstica ou lares para pessoas com necessidade de cuidados continuados.

As pequenas empresas francesas, que registem uma perda de cerca de 50% das suas receitas face a março de 2019, vão receber uma ajuda de 1500 euros que pode ser majorada até 5000 em caso de risco de falência. Este valor pode ser usado para pagar despesas como a renda dos espaços ou contas de água ou eletricidade.

Suspendeu temporariamente o "travão da dívida" da constituição, porque o estado prevê endividar-se este ano pela primeira vez nos últimos cinco exercícios. O executivo alemão anunciou ainda "empréstimos rápidos" a pequenas e médias empresas, de 500 mil a 800 mil euros. O risco é garantido, na totalidade, pelo governo federal.

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As medidas italianas mais recentes garantem que as empresas, quer sejam grandes, médias ou pequenas, possam ter acesso a empréstimos bancários com o apoio do Estado em até 90% do seu valor.

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