Estudante de direito acusada de matar quatro pessoas em cinco meses por prazer em São Paulo
Ana Paula contou com a ajuda da irmã gémea e de uma amiga em alguns dos crimes.
A polícia da cidade brasileira de São Paulo concluiu a investigação iniciada em julho contra uma estudante universitária do curso de Direito, Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, acusada de ser uma serial killer que matou pelo menos quatro pessoas em cinco meses. De acordo com a polícia, a universitária matava por puro prazer e contou com a ajuda da irmã gémea, Roberta Cristina, em três dos crimes, e de uma amiga, Michelle Paiva da Silva, de 43 anos, em outra morte, todas já presas.
Depois de assassinar cada uma das vítimas, a última das quais em Maio, avançou a equipa que elucidou as mortes à imprensa, Ana Paula ligava para a polícia para alertar sobre o crime, surgindo sempre como denunciante que queria colaborar com as autoridades ou como testemunha. Foi isso que levantou as suspeitas dos agentes que investigaram as mortes, pois em todos os casos havia um elo comum, a presença da universitária, que além de avisar a polícia ia insistentemente às esquadras para acompanhar a evolução das investigações.
Todas as vítimas foram mortas aparentemente com veneno para ratos disfarçado na comida, ou num bolo ou numa feijoada, sempre preparados por Ana Paula, segundo a Polícia Civil (Judiciária) de São Paulo. Ainda de acordo com a corporação, a irmã dela Roberta Cristina, matou pelo menos dez cães antes do início dos crimes de humanos, para testar a força do veneno.
O primeiro crime ocorreu em Janeiro passado, quando morreu Marcelo Hari Fonseca, dono do apartamento em que Ana Paula vivia em Guarulhos, cidade vizinha a São Paulo, e com cujo corpo ela terá convivido no imóvel durante vários dias antes de ligar para a polícia e dizer que o encontrou morto. A segunda vítima foi uma idosa que a universitária tinha conhecido numa rede social e de quem se tinha aproximado.
Após essa morte, continua a denúncia da polícia, as irmãs Ana Paula e Roberta Cristina viajaram até à cidade de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, onde terão assassinado o pai de Michelle, Neil Correa da Silva, a pedido da própria filha, antiga colega de faculdade de Ana Paula. A última vítima atribuída à estudante de Direito foi o próprio namorado dela, Hayder Mhazre, um tunisiano com quem Ana Paula mantinha um relacionamento que nada fazia suspeitar que terminasse dessa forma trágica.
Depois da descoberta que a universitária tinha estado presente em todos os alertas dos crimes como denunciante, a polícia prendeu Ana Paula em Julho passado de forma preventiva, para não atrapalhar as investigações. Em Agosto, foi a vez da irmã, Roberta Cristina, ser presa, e a amiga de ambas e filha da vítima no Rio de Janeiro, Michelle, foi presa no final da semana passada.
Os agentes que elucidaram as mortes ficaram impressionados com a frieza e a total ausência de remorsos ou arrependimento de Ana Paula. Eles comentaram que a serial killer, que ainda se apura se terá cometido outros crimes ainda não conhecidos, chegou a sorrir várias vezes durante os depoimentos à polícia. (FIM).
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