Estudantes pró-Palestina ocupam um dos prédios da Universidade de São Paulo
Em causa estão as atrocidades cometidas por Israel tanto na Faixa de Gaza quanto na Cisjordânia.
Estudantes universitários ocuparam e montaram um acampamento no prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Universidade de São Paulo, em solidariedade ao povo da Palestina e contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza. No prédio ocupado, que fica no principal campus da USP, no bairro do Butantâ, zona oeste da cidade de São Paulo, funcionam os cursos de Geografia e História.
Os alunos, que repetem ocupações levadas a cabo por estudantes dos EUA e de vários países da Europa e da Ásia, fazem parte de um comité formado por 40 entidades universitárias que se uniram para protestar contra o que consideram as atrocidades cometidas por Israel tanto na Faixa de Gaza quanto na Cisjordânia. Os manifestantes exigem que a USP rompa imediatamente todos os acordos que mantém com universidades israelitas, nomeadamente com a Universidade de Haifa.
De acordo com os manifestantes, Israel usa a troca de conhecimentos com universidades do resto do mundo, nomeadamente a USP, para desenvolver novas armas que depois são usadas contra os palestinianos. Além da ocupação do edifício, os membros do movimento estão a coletar assinaturas para um abaixo-assinado que pede a todas as universidades do Brasil e ao governo do presidente Lula da Silva para romperem relações com Israel.
A Federação Israelita do Brasil já veio a público condenar o movimento dos estudantes da USP. De acordo com a entidade, movimentos desse tipo não ajudam em nada e só servem para acirrar ainda mais o ódio contra judeus, que está a crescer em todo o mundo.
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