Ex-conselheiro acusa filho de Trump de traição aos EUA
Steve Bannon diz que Donald Trump Jr manteve contactos "pouco patrióticos" com a Rússia.
O ex-conselheiro da Casa Branca, Steve Bannon, acredita que o filho de Donald Trump, Donald Trump Jr, manteve contactos "pouco patrióticos" com o Kremlin.
Numa obra que se prepara para publicar, o estratega da campanha de Trump admite que a investigação em curso à alegada interferência da Rússia nas eleições norte-americanas vai provar a "traição" de Trump Jr.
Donald Trump, por sua vez, não confere qualquer credibilidade às palavras do antigo conselheiro, garantindo que "Steve Bannon não tem nada a ver" com ele ou com a sua presidência.
"Quando foi despedido da Casa Branca não perdeu apenas o emprego, também perdeu a cabeça", disse Trump, em comunicado.
Trump desmarcou-se, assim, do homem que, outrora, figurou como seu braço direito e que acabou por despedir no verão passado. Apesar do papel importante que teve durante a campanha, Trump diz agora que Bannon teve "pouco que ver" com a sua "vitória histórica" e que esteve presente na corrida à Casa Branca por interesse próprio.
"O Steve faz de conta que está em guerra com os meios de comunicação, que ele chama de partido da oposição, mas passou o seu tempo na Casa Branca a passar informação falsa aos media para se fazer mais importante do que era. É a única coisa que ele sabe fazer bem", garante Donald Trump, que assegura que raramente esteve sozinho com Bannon e que este "finge ter tido influência" junto do Presidente dos EUA para "ajudar gente sem acessos e sem pistas a escrever livros falsos".
No livro mencionado, Bannon descreve um encontro entre Donald Trump Jr com responsáveis russos, encontro esse que, alegadamente, aconteceu no verão de 2016 e que Bannon considera um comportamento "traidor" e "antipatriótico".
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