Ex-presidente da Câmara de São Paulo condenado a sete anos de prisão
Paulo Maluf foi considerado culpado do crime de lavagem de dinheiro.
O Supremo Tribunal Federal brasileiro, STF, condenou no final da tarde desta terça-feira o deputado federal Paulo Maluf a sete anos e nove meses de prisão, em regime fechado.
Maluf, de 85 anos, foi considerado culpado de vários crimes, entre eles branqueamento de capitais, que terá praticado quando foi presidente da câmara de São Paulo, entre 1993 e 1996.
Como a pena a que Maluf foi sentenciado é incompatível com a função e a rotina de deputado, o STF condenou igualmente o parlamentar à perda do mandato.
Maluf, que durante décadas foi um dos nomes mais importantes da vida política brasileira, foi reeleito em 2014 para o parlamento federal como o deputado mais votado do Brasil, apesar de o seu nome nos últimos anos ter sido repetidamente ligado a escândalos de corrupção.
Maluf foi condenado agora por ter desviado largas dezenas de milhões de euros de obras públicas, que depois terá camuflado em contas secretas em outros países. O parlamentar sempre negou essas e as outras acusações de que tem sido alvo.
Empresário de sucesso e político de muita habilidade, Paulo Maluf por muito pouco não foi presidente do Brasil, ainda nos tempos da ditadura militar. Além de autarca de São Paulo, entre outros cargos públicos que ocupou está o de governador do estado de São Paulo, que conquistou nas urnas por três vezes, caracterizando os seus governos por obras de grande porte, que, de alguma forma, atenuavam as denúncias de irregularidades junto ao eleitorado.
A sentença do STF só terá efeito quando for publicada no Diário da Justiça, o que pode acontecer num prazo de até 60 dias. Só aí a Câmara dos Deputados será oficialmente notificada para anular o mandato de Maluf.
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