Ex-presidente da Colômbia revela que recompensas militares incentivaram massacres contra "falsos positivos"
Maiores vítimas deste massacre, resultante do conflito entre Governo e guerrilhas como as das FARC, acabaram por ser jovens pobres que eram recrutados pelos próprios militares.
O ex-presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que esteve no poder entre 2010 e 2018, revelou esta sexta-feira que a política de recompensar mortes de guerrilheiros que foi promovida pelo Governo de Álvaro Uribe, entre os anos de 2002 e 2010, levou a que fossem executadas, pelo menos, 6402 pessoas. As vítimas acabaram por ficar conhecidas como "falsos positivos".
As mortes apresentadas pelos militares durante a atrocidade promovida pelo Governo resultavam em facilidades na obtenção de licenças, prémios e outros benefícios para os envolvidos.
As maiores vítimas deste massacre, resultante do conflito entre Governo e guerrilhas como as das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, acabaram por ser jovens pobres que eram recrutados pelos próprios militares sob falsas ofertas de trabalho para serem depois executados noutras regiões do país e apresentados como mortos em combate.
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