Filho de Bolsonaro defende intervenção militar dos EUA no Brasil

Eduardo Bolsonaro diz que guerra pode ser a única opção para livrar o país da "ditadura".

16 de setembro de 2025 às 01:30
Eduardo Bolsonaro com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro
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Numa entrevista que pode agravar ainda mais a sua já delicada situação política e jurídica, o deputado Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, defendeu uma intervenção militar dos EUA no Brasil para, segundo ele, livrar o país da "ditadura" a que agora está submetido. Eduardo, que está nos EUA desde fevereiro, deu a declaração após o pai ter sido condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

“Você aceitaria ser escravo para evitar uma guerra? Eu prefiro a guerra. A guerra vale a pena pela volta da liberdade. O Brasil pode perfeitamente, no futuro, precisar da vinda de caças F-35 e de navios de guerra dos Estados Unidos, porque isso demonstra a disposição do governo de Donald Trump em defender a agenda da liberdade”, afirmou o deputado brasileiro.

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A defesa do deputado de uma ação militar dos EUA no Brasil segue-se a uma declaração no mesmo sentido da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Na semana passada, ao falar com jornalistas sobre a situação no Brasil, Karoline respondeu que “o presidente Trump não tem medo de usar meios económicos nem militares para defender a liberdade no mundo”.

Eduardo, já chamado de traidor no Brasil, onde é investigado por coação e obstrução de justiça, tem articulado nos EUA uma campanha de retaliação ao que ele e Trump classificam como uma perseguição política injusta ao ex-presidente brasileiro. A pedido dele, Trump impôs pesadas tarifas comerciais ao Brasil, cancelou vistos de juízes, ministros e outras autoridades do país, e há a expectativa de que novas sanções sejam decretadas agora que Bolsonaro foi condenado.

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