Quase 3,5 milhões sem eletricidade na Flórida
Condado de Monroe, onde fica Cayos e uma parte da costa do sudoeste, com 83% dos clientes 'às escuras'.
O furacão Irma deixou sem eletricidade quase 3,5 milhões de clientes na Flórida, ou seja, mais de um terço do total (34,74%), após ter tocado terra no domingo em Cayos, no extremo-sul daquele estado norte-americano.
O Departamento de Gestão de Emergências da Flórida indicou, na noite de domingo, que ascende a 3,48 milhões o número de clientes afetados no estado.
O condado que sofreu mais cortes no fornecimento de energia elétrica foi o de Monroe, onde fica Cayos e uma parte da costa do sudoeste, com 83% dos clientes 'às escuras'.
Outro dos condados mais afetados é o de Miami-Dade, o mais povoado da Flórida, com 81% do total de clientes sem eletricidade.
Robert Gould, vice-presidente de uma das elétricas do estado, a Florida Power & Lights, declarou à televisão ABC News que a reparação das linhas de nas zonas afetadas provavelmente "irá levar semanas".
"Creio que o que veremos na costa oeste é uma reconstrução total da nossa rede elétrica", sublinhou Robert Gould, acrescentando que a tarefa pendente é "gigantesca".
"Esta vai ser uma restauração muito longa, poder-se-á dizer que a mais longa e complexa da história dos Estados Unidos", realçou.
O Irma tocou terra na madrugada de domingo em Cayos, onde chegou com força de categoria 4 - na escala Saffir-Simpson de 5 - e ventos máximos sustentados de 215 quilómetros por hora, voltando de seguida a terra, mais enfraquecido, em Marco Island, na costa oeste da península.
O Irma foi perdendo força à medida que se movimenta rumo a norte e baixou entretanto para categoria 2, após descarregar a sua maior potência destrutiva na costa oeste da Flórida, onde provocou graves inundações.
Apesar de ter enfraquecido, o Irma deixou à sua passagem uma "crise humanitária" em Cayos, devastação e ainda a ameaça de ocorrência de ondas perigosas.
Segundo o mais recente balanço oficial, o Irma fez três mortes na Flórida, mas teme-se que o número de vítimas aumente à medida que as condições meteorológicas forem permitindo maior acesso por parte das equipas de salvamento e resgate.
O governador da Flórida, Rick Scott, afirmou na noite de domingo que, atendendo ao avanço do furacão Irma por aquele estado norte-americano, "o melhor que se pode fazer agora é rezar" pelas pessoas que se encontram na sua trajetória.
"Sei que muita gente em todo o mundo quer ajudar. O melhor que se pode fazer agora é rezar", disse Rick Scott, no domingo, à cadeia televisiva ABC.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assinou, no domingo, uma declaração de "grande desastre" na Flórida, anunciou que vai visitar aquele estado "muito em breve" e manifestou-se satisfeito com a resposta dada ao furacão Irma.
Antes de chegar à Flórida, com categoria 5, o furacão Irma causou cerca de 30 vítimas mortais e significativos danos materiais à sua passagem pelas Caraíbas.
As autoridades da Flórida ordenaram a retirada de 6,3 milhões de pessoas face à chegada do furacão e, além do êxodo em massa de residentes que abandonaram o estado, milhares procuraram refúgio nos abrigos habilitados para o efeito.
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