Gabinete de crise britânico dá 'luz verde' para possíveis ataques

Ministros foram convocados pela primeira-ministra, Theresa May, para discutir o alegado ataque com armas químicas em Douma.

12 de abril de 2018 às 21:42
Vítimas de bombardeamento em Douma, na Síria assistidas num hospital Foto: EPA
Síria, atentado, bombardeamentos, Douma, distúrbios, guerras e conflitos Foto: Getty Images
Corpos de vítimas do alegado ataque químico do regime sírio em Douma Foto: EPA

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O gabinete de crise britânico deu esta quinta-feira 'luz verde' à primeira-ministra, Theresa May, para se juntar aos Estados Unidos e à França e planear possíveis operações militares em resposta ao alegado ataque com armas químicas na Síria.

O pedido do gabinete para "ação" de modo a impedir o uso de armas químicas não incluiu detalhes sobre o método ou o momento de tais ataques, deixando em aberto a possibilidade de outras respostas.

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Ministros foram convocados pela primeira-ministra para discutir o alegado ataque com armas químicas em Douma, que causou mais de 40 mortos e que provocou tensões entre as nações ocidentais e a Síria e os seus aliados, liderados pela Rússia.

Depois de uma reunião de mais de duas horas, o gabinete de crise apoiou o plano de Theresa May para trabalhar com os Estados Unidos e com a França para "coordenar uma resposta internacional".

O gabinete de Theresa May informou, em comunicado, que o gabinete de crise julgou "altamente provável" que o Governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, esteja por trás do ataque que ocorreu do Douma e concordaram "com a necessidade de tomar medidas para aliviar o sofrimento humanitário e impedir o uso adicional de armas químicas pelo regime de Assad".

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Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido têm efetuado consultas sobre o lançamento de um ataque militar, mas o momento e a escala de qualquer ação ainda não são claros.

Mais de 40 pessoas morreram no sábado num ataque contra a cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, que segundo organizações não-governamentais no terreno foi realizado com armas químicas.

A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que peritos russos que se deslocaram ao local não encontraram "nenhum vestígio" de substâncias químicas.

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Citando informações fornecidas por organizações de saúde locais em Douma, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou na quarta-feira que "cerca de 500 pessoas procuraram centros de atendimento exibindo sintomas de exposição a elementos químicos e tóxicos".

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