Generais "Kopelipa" e "Dino" forçam acordo com a Justiça

Arguidos dispostos a entregar bens no valor de mil milhões para evitar prisão.

14 de outubro de 2020 às 23:26
Manuel Hélder Vieira Dias ‘Kopelipa’ Foto: Direitos Reservados
Leopoldino do Nascimento ‘Dino’ Foto: Direitos Reservados

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Foram mais de sete horas de interrogatório a que se submeteram ontem e na terça-feira os generais Leopoldino do Nascimento ‘Dino’ e Manuel Hélder Vieira Dias ‘Kopelipa’ na Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP) junto da Procuradoria Geral da República Angolana.

O processo 12/2020 investiga os crimes de corrupção, peculato, participação em negócio, branqueamento de capitais, falsificação e burla, relacionados com os negócios que o Estado angolano teve com a empresa China International Fund Limitada, sociedade criada pelo cidadão chinês Sam Pa e que tinha por acionistas os generais ‘Dino’, ‘Kopelipa’ e o ex-vice-presidente da República Manuel Vicente.

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Depois de ambos terem sido interrogados na terça-feira pelo procurador Matos de Macedo Dias, ontem foi a vez de ‘Kopelipa’ regressar ao DNIAP para prestar declarações adicionais sobre a sua participação nos negócios. A estratégia dos generais é forçar um acordo com a Justiça angolana através da entrega de bens no valor de mil milhões de euros. No final do interrogatório, um comunicado da PGR angolana dava conta da entrega de várias fábricas do Grupo CIF, a totalidade das ações do Grupo Biocom, os supermercados Kerp (a maior cadeia de Angola) e ainda 271 edifícios, 837 vivendas, quatro estaleiros, dois clubes náuticos e duas creches, entre vários outros imóveis. A PGR diz que a entrega destes bens não para o processo crime.

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