Gestora envenena investidores em quarto de hotel de luxo na Tailândia e bebe a substância tóxica
Crime terá sido motivado por disputas financeiras. Seis corpos foram encontrados no Grand Hyatt Erawan.
A polícia da Tailândia está a investigar a hipótese da morte com envenenamento no Grand Hyatt Erawan, um hotel de luxo em Banguecoque, na capital do país asiático, ter sido provocada por uma das turistas encontrada morta. De acordo com o jornal tailandês Khaoso, suspeita-se que Sherine Chong, nascida no Vietnam e titular de um passaporte americano, se tenha suicidado, bebendo o veneno que deu para os cinco investidores. O crime terá sido motivado por disputas financeiras.
Os mortos - três mulheres e três homens, com idades compreendidas entre os 37 e os 56 anos - eram todos de origem vietnamita. Dois deles eram também cidadãos dos EUA. Tinham chegado à Tailândia no início do mês, alguns para a sua primeira visita ao país. O grupo ficou alojado no hotel de cinco estrelas, que fica em frente a um famoso santuário hindu no coração da baixa de Banguecoque.
Na terça-feira, o quarto do hotel, situado no quinto andar, estava trancado por dentro e não havia sinais de entrada ou saída. Os resultados preliminares indicam que foram encontrados no quarto seis copos, cada um com uma pequena quantidade de resíduos de pó branco. A comida no quarto não foi tocada e na casa de banho foram encontrados chá, bebidas energéticas e mel. Ao que tudo indica, as vítimas terão morrido devido à ingestão de cianeto.
Segundo os funcionários do hotel, citados pelo Bangkok Post, Sherine Chong estava sozinha no quarto 502, quando as vítimas chegaram. Tinha pedido comida e chá ao serviço de quartos, mas recusou a oferta do empregado para lhe fazer o chá no quarto, dizendo que o prepararia ela própria.
Acredita-se que Sherine Chong tenha incentivado as vítimas a investirem num projeto de construção. A gestora chegou a receber cerca de 255 mil de euros de duas das vítimas. Quando os projetos não progrediram, recorreram à justiça. Sabe-se que os seis deviam encontrar-se em tribunal dentro de duas semanas.
As autoridades chegaram a investigar o envolvimento de uma sétima pessoa no crime. A irmã de uma das vítimas tinha reservado o quarto, mas regressou ao Vietname a 10 de julho, o que fez descartar a suspeita.
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