Governo britânico ordena inspeção a serviços de saúde que trataram homicida luso-guineense
Valdo Calocane foi condenado, na semana passada, a internamento por tempo indefinido num hospital de alta segurança.
O Governo britânico ordenou esta segunda-feira uma inspeção aos serviços de saúde que trataram um luso-guineense por doença mental antes de ele esfaquear três pessoas em junho em Nottingham, no centro de Inglaterra.
A ministra da Saúde e da Assistência Social, Victoria Atkins, ordenou uma revisão especial ao Nottinghamshire Healthcare NHS Foundation Trust, onde Valdo Calocane foi tratado por esquizofrenia paranoica.
Valdo Calocane, que nasceu na Guiné-Bissau mas tem dupla nacionalidade portuguesa, foi condenado na semana passada a internamento por tempo indefinido num hospital de alta segurança por ter matado os estudantes Grace O'Malley-Kumar e Barnaby Webber, de 19 anos, e Ian Coates, de 65 anos, em Nottingham, a 13 de junho de 2023.
Os familiares criticaram o veredicto, os serviços locais de saúde mental e todo o processo judicial, argumentando que Calocane deveria ter sido julgado por homicídio e não por homicídio involuntário, o qual alegou invocando responsabilidade reduzida devido a doença mental.
A inspeção ordenada pelo Governo pretende fornecer mais respostas às famílias afetadas pelos homicídios e analisar outras questões relacionadas com a prestação de cuidados de saúde mental na região de Nottingham.
"É crucial que os nossos serviços de saúde mental garantam tanto os cuidados dos pacientes como a segurança do público", afirmou a ministra, citada num comunicado.
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