Grécia posiciona-se como porta de entrada para gás natural americano
Estratégia tem em vista reduzir as importações de gás russo e limitar a presença da Turquia no mercado europeu.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, posicionou o seu país como uma futura porta de entrada para o gás natural liquefeito (GNL) americano no Sudeste europeu.
Esta estratégia tem em vista reduzir as importações de gás russo e limitar a presença da Turquia no mercado europeu.
A informação foi divulgada este sábado pelo site pagenews.gr, que resumiu os resultados da sexta reunião da Parceria para a Cooperação Transatlântica em Energia e Clima (P-TECC), concluída esta sexta-feira em Atenas.
Durante o fórum, a empresa americana Venture Global e a empresa grega Atlantic-See LGN Trade assinaram um acordo de longo prazo para o fornecimento de até 1,5 milhões de toneladas de GNL anualmente a partir de 2030, segundo fontes diplomáticas citadas pelo site.
Este é o primeiro contrato de fornecimento de GNL de longo prazo da Grécia com um exportador dos EUA, e surge após a Venture Global anunciar que investirá no terminal de regaseificação de Alexandroupolis, na Grécia, para expandir sua capacidade, conforme declarou o presidente da Venture Global, Mike Sabel, nas redes sociais.
Ao discursar para os participantes da reunião, incluindo ministros e altos funcionários dos Estados Unidos e de países da região, bem como executivos de grandes empresas de petróleo e gás, Mitsotakis enfatizou que "a Grécia é a porta de entrada para o gás que substituirá as importações russas".
Mitsotakis também enfatizou que o seu país "não permitirá que as rotas de energia sejam desviadas através da Turquia".
Desde a invasão da Ucrânia, a União Europeia (UE) proibiu a compra de carvão e quase todo o petróleo da Rússia, mas não de gás, embora tenha reduzido a percentagem dessa fonte de energia que compra de Moscovo de 45% para 13%.
A Comissão Europeia, sob pressão de Washington, propôs uma proibição total do fornecimento de gás russo a partir de 2028, uma proposta que recebeu amplo apoio dos Estados-membros da UE no mês passado, com apenas a Hungria e a Eslováquia na oposição.
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