Residentes de povoação atingida pelo ciclone Idai sobrevivem ao frio e à fome em cima de árvores
A comunidade rural de Dombe fica a cerca de 150 quilómetros em linha reta da cidade da Beira, a mais afetada pelo ciclone.
O frio e a fome foram dois dos desafios enfrentados por quem sobreviveu em cima de árvores e edifícios às cheias provocadas pelo ciclone Idai no centro de Moçambique.
"Foram três dias e noites que ficámos em cima de uma árvore", relatou à Rádio Moçambique um residente de Dombe, povoação a cerca de 30 quilómetros do Zimbabué, na província de Manica.
A comunidade rural fica a cerca de 150 quilómetros em linha reta da cidade da Beira, a mais afetada pelo ciclone.
Portugal pronto para enviar ajuda a Moçambique
"Portugal vai estar na linha da frente do apoio internacional", garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, explicando que o Executivo moçambicano ainda não conseguiu fazer o levantamento da devastação causada pelo ciclone. Para já, estão contabilizadas cerca de uma centena de vítimas mortais mas, segundo o presidente Filipe Nyusi, poderá atingir o milhar.
Enquanto o Executivo moçambicano não define necessidades, instituições da sociedade civil e o governo prepararam a ajuda previsível. Segundo Santos Silva, trata-se de dar apoio humanitário, financeiro e técnico. "Depois, temos os planos de reconstrução, para os quais ainda temos tempo, mas que também é importante.
Também o primeiro-ministro António Costa adiantou esta terça-feira que decorrem reuniões entre os ministérios da Defesa e da Administração Interna "para ver como articulamos as nossas capacidades entre proteção civil e Forças Armadas, para poder dar todo o apoio ao nosso povo irmão de Moçambique".
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