Imprensa russa denuncia "nova Guerra Fria" e "encenação russofóbica"

Medidas espelham estado de espírito um dia depois de 23 países expulsarem diplomatas russos.

27 de março de 2018 às 12:09
Bandeira da Rússia Foto: Getty Images
Bandeira da Rússia Foto: Getty Images
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Um dia depois de 23 países - entre os quais 16 da União Europeia - terem decidido expulsar um total de 116 diplomatas russos dos seus territórios, a imprensa russa começa a espelhar os medos, as certezas e as opiniões dos habitantes daquele país.

"A relação entre a Rússia e o Ocidente entra num período de 'Guerra Fria'", escreve o analista Fiodor Loukianov no jornal diário Vedomosti.

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O diário Kommersant salienta nas suas páginas que estas "medidas, de uma gravidade sem precedentes (...), não são mais do que um novo agravamento das relações" entre a Rússia e o Ocidente. Da mesma forma, o jornal Nezavissimaia Gazeta lembra que há muito que não se registavam "expulsões coordenadas", naquilo que o diário Izvestia intitula de "encenação russofóbica".

Por outro lado, a rádio Ekho Moskvy mostrou-se mais auto-crítica e defendeu que a política da Rússia tem optado por concentrar a energia na autodestruição desde 2014".

Esta decisão internacional surge no âmbito das represálias ocidentais após o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido.

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