Imprensa russa denuncia "nova Guerra Fria" e "encenação russofóbica"
Medidas espelham estado de espírito um dia depois de 23 países expulsarem diplomatas russos.
Um dia depois de 23 países - entre os quais 16 da União Europeia - terem decidido expulsar um total de 116 diplomatas russos dos seus territórios, a imprensa russa começa a espelhar os medos, as certezas e as opiniões dos habitantes daquele país.
"A relação entre a Rússia e o Ocidente entra num período de 'Guerra Fria'", escreve o analista Fiodor Loukianov no jornal diário Vedomosti.
O diário Kommersant salienta nas suas páginas que estas "medidas, de uma gravidade sem precedentes (...), não são mais do que um novo agravamento das relações" entre a Rússia e o Ocidente. Da mesma forma, o jornal Nezavissimaia Gazeta lembra que há muito que não se registavam "expulsões coordenadas", naquilo que o diário Izvestia intitula de "encenação russofóbica".
Por outro lado, a rádio Ekho Moskvy mostrou-se mais auto-crítica e defendeu que a política da Rússia tem optado por concentrar a energia na autodestruição desde 2014".
Esta decisão internacional surge no âmbito das represálias ocidentais após o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido.
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