Irão transfere ativos dos bancos europeus para escapar às sanções

Medidas, readotadas por iniciativa de França, Alemanha e Reino Unido, proíbem o Irão de proceder ao enriquecimento de urânio ou de ter qualquer atividade relacionada com mísseis.

30 de setembro de 2025 às 11:42
Bancos Europeus Foto: João Cortesão
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O Irão transferiu os ativos financeiros que detinha em bancos da União Europeia para escapar às sanções decretadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas devido ao programa nuclear de Teerão.

"A questão do bloqueio de fundos do Banco Central do Irão não é certa, pois os bancos iranianos sabiam que se ia adotar esta medida. As contas que foram 'congeladas', na verdade, já não tinham ativos", disse segunda-feira à noite, o vice-ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros para a Diplomacia Económica, Hamid Ghanbari, na televisão estatal.

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Aquele responsável do executivo declarou que as instituições financeiras do Irão atuaram por antecipação, retirando o dinheiro aplicado e somente mantiveram saldos mínimos nas respetivas contas europeias para evitarem o seu encerramento.

O diplomata iraniano recusou assim os rumores de que os bens da república islâmica estivessem bloqueados com reimposição das medidas punitivas em virtude das seis resoluções da ONU, aprovadas entre 2006 e 2010.

As medidas, readotadas por iniciativa de França, Alemanha e Reino Unido, proíbem o Irão de proceder ao enriquecimento de urânio, de ter qualquer atividade relacionada com mísseis, e impõem o embargo a qualquer fornecimento de armamento e autorizam a revista a aviões e navios iranianos em águas internacionais.

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Tais sanções juntam-se às impostas desde 2018 pelos Estados Unidos da América, quando os responsáveis de Washington optaram por romper o entendimento estabelecido pelo acordo nuclear de 2015.

Teerão tem qualificado a reintrodução das medidas de punição como "ilegal e injustificada", pedindo aos restantes países para não as acatarem.

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